Andressa Aoki
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A Comunidade Nova Vida de Votuporanga quer ampliar o número de pessoas atendidas pelo SUS (Serviço Único de Saúde). A entidade que atualmente possui oito leitos gratuitos e está montando um projeto juntamente com a Secretaria de Saúde para conquistar 30 leitos.
O cenário nacional está propício para a ampliação. O Sistema Único de Saúde vai abrir 3.508 leitos voltados para tratamento de usuários de crack e outras drogas. De acordo com o Ministério da Saúde, o investimento será de R$ 670 milhões e faz parte do programa “Crack, é possível vencer”, lançado em dezembro do ano passado pela presidenta Dilma Rousseff.
O vice-presidente da Comunidade, Alexandre Giora, explicou que a disponibilidade de leitos depende do tamanho do município. “Estamos nos reunindo para entender melhor a lei. Estivemos em Brasília no final do ano passado e fomos informados sobre a portaria. Até agora, havia alguns pontos na lei que não estavam claros. O governo irá pagar R$ 1000 para o tratamento de seis meses, via Caps (Centro de Atendimento Psicossocial). Se for pelo Caps AD (Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas), o processo irá demorar um pouco, pois esperamos a liberação do órgão para este ano”, disse.
O Caps de Votuporanga atende pacientes com problemas de saúde mental. A terapia comunitária é desenvolvida semanalmente no Caps , além das rodas de terapia. Esse trabalho vem sendo desenvolvido em algumas unidades de saúde do munícipio, como no Consultório do São João. Já o Caps AD, pleiteado por Votuporanga é específico para pessoas dependentes de álcool e drogas.
Alexandre destacou os benefícios da ampliação dos leitos. “Teremos recursos permanentes. Não há necessidade de renovar o projeto”, destacou.
Ele está confiante no pedido. “A Comunidade Nova Vida é uma das poucas comunidades terapêuticas que está apta a receber os recursos do governo. Desenvolveremos um projeto parecido com o do ano passado, quando fomos aprovados pelo Ministério de Saúde”, afirmou.
Alexandre ressaltou que a Comunidade tem fila de espera com relação aos leitos do SUS. “São oito pessoas que aguardam vaga. Quando desocupamos, logo encaixamos mais pacientes”, finalizou.