Leidiane Sabino
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A população reclama da quantidade de animais soltos nas ruas da cidade e também das doenças que eles podem transmitir. Na manhã de ontem, Élcio Sanches, veterinário responsável pelo Centro de Zoonoses do município, e Keila Souza, presidente da Spavo (Sociedade Protetora dos Animais de Votuporanga), estiveram no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, e falaram sobre o assunto. Tanto para um órgão, quanto para o outro, o problema de cães de gatos nas ruas somente será resolvido com a posse responsável dos animais, quando cada pessoa cuidar do seu animal de estimação.
Keila disse que o problema não é o animal abandonado, é a pessoa que o abandona. “Se ele está na rua, alguém o abandonou. Para resolver esse problema, só com a posse responsável dos animais, a educação. Quem respeita um cão, um gato, respeita o pai e a mãe, a sociedade como um todo”, ressaltou.
Keila Souza contou que 10 animais estão em lares temporários. Ela também disse que a Sociedade busca animais doentes do Centro de Controle de Zoonoses. Élcio, por sua vez, destacou que a entidade dá apoio ao Centro, ajudando na manutenção, assistindo os animais.
“Tem gente achando que o Centro de Zoonoses serve para recolher animal e para matá-los. O Centro de Zoonoses não foi feito para recolher o animal, não é canil. Lá não tem política de cuidar dos animais. Se um animal ficar doente lá, não vai ser tratado. Nós recolhemos os animais e cuidamos por caridade”, explicou Keila.
O Spavo não recebe verba municipal, estadual e federal, vive de contribuições e recebe denúncias diariamente sobre maus tratos. A pessoa que faz a denúncia não precisa se identificar; depois da denúncia é verificado o que está acontecendo com o animal e, caso os maus tratos sejam confirmados, é registrada uma denúncia contra o seu dono.
Élcio disse ainda que a Polícia Militar também pode ser acionada em caso de maus tratos a animais. “Infelizmente, a cultura brasileira é de não denunciar e também a não punição. Muitas vezes acontece também uma denuncia por picuinha de vizinhos, nesse caso, a polícia vai lá verificar uma situação que não é real”.
Castração
A Prefeitura disponibilizou mil castrações para 2011, iniciadas no mês de abril, há o prazo de 12 meses para cumprir o contrato. Foram priorizados para o procedimentos os animais de pessoas carentes, preferencialmente com Bolsa Família. Há também uma lista de espera e, quando há falta de cães agendados, os da lista são chamados.