Secretaria de Saúde garante que acabou com fila de espera para o equipamento de medir glicose
Andressa Aoki
Andressa@acidadevotuporanga.com.br
Votuporanga avançou no tratamento da diabetes. Cerca de 700 pacientes que tomam insulina possuem o glicosímetro, dispositivo usado para medir a concentração de glicose no sangue. No ano passado, existia fila de 208 pessoas que não tinham o equipamento.
Para aqueles que não precisam de insulina, eles podem ir até uma unidade de saúde e fazer controle no bairro, com pedido médico.
A Secretaria de Saúde também criou encontros para orientar com relação a doença. Os votuporanguenses com diabetes possuem um grupo de educação em Votuporanga. Com apoio de nutricionistas, enfermeiros e farmacêuticos, eles aprendem a lidar com a doença.
A farmacêutica da Secretaria de Saúde, Andrea Gimenes Villa Murari, percorre os 45 grupos. Os participantes aprendem a utilizar o aparelho corretamente, aplicar insulina e como tratar uma hipoglicemia.
Andrea percebeu que uma das dificuldades dos pacientes é a aplicação de insulina. Ela explicou para o jornal A Cidade, que as pessoas têm pouca orientação e que a doença é complexa. “A maioria deles chegam nas unidades de saúde com complicações da diabetes, que acaba sendo diagnosticada tardiamente”, afirmou. Entre as complicações estão neuropatia, insuficiência renal crônica, problemas cardiovasculares, infarto e derrame. Grande parte dos pacientes também são hipertensos.
A farmacêutica destacou que a diabetes pode ocasionar cegueira, comprometer as articulações, causar problemas renais e infarto.
Aos poucos, o grupo de educação está conscientizando os pacientes. “Estão aprendendo a automonitorar a diabetes. Sabem agora que a doença não é emocional, mas que está relacionada com a alimentação”, disse.
Andrea também falou de um fator importante para a diabetes tipo 2: a hereditariedade. Quase 98% dos casos do Brasil podem estar relacionados com o hereditário. Os fatores de risco são obesidade, sedentarismo e estresse.
A farmacêutica pediu atenção com relação aos sintomas: muita sede, emagrecimento, problemas de visão e difícil cicatrização. A diabetes tipo 1 é mais comum em jovens e crianças.
Linha de cuidados
Andrea também falou da linha de cuidados lançada em 2011 pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Durante uma vez por mês, os profissionais se reúnem para debater sobre o manual, que abrange os cuidados com relação à doença e foi elaborado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A próxima reunião será no dia 24 de fevereiro.