Renato Gaspar Martins, diretor da Apas, disse que a a extinção das sacolas veio para ficar
Leidiane Sabino
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As sacolas plásticas descartáveis deixam de circular nos supermercados de todo o Estado de São Paulo a partir de amanhã. Renato Gaspar Martins, diretor regional da Apas (Associação Paulista de Supermercados) esteve ontem, às 11h, no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, para falar sobre a Campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco, que visa retirar as sacolas plásticas descartáveis de circulação, começando pelos supermercados.
A campanha está alinhada com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que obriga toda a sociedade brasileira a rever seus conceitos sobre a questão do lixo. A Apas iniciou a campanha pela substituição das sacolas, mas este é só o início de um projeto mais amplo que envolve inclusive o estímulo aos supermercadistas de adotarem posturas sustentáveis até na construção da loja.
Se o consumidor ainda não adquiriu nenhuma sacola retornável, os supermercados terão à disposição a biodegradável / compostável, que será comercializada R$0,19 e a retornável, a R$1,99. As caixas de papelão serão distribuídas gratuitamente e o consumidor pode também optar pela entrega em casa, pelo supermercado, de suas compras.
“Comecei a separar o lixo na minha casa e percebi que o descartável é três vezes mais que o orgânico. Agente vê que o meio ambiente está sofrendo muito com essa prática e a extinção das sacolas veio para ficar”, disse Renato.
Sobrando ou não sacolas descartáveis nos supermercados, a partir de amanhã elas não serão mais oferecidas. Os operadores de caixa foram treinados para informar os consumidores. “Acredito que a divulgação foi bem feita e o consumidor está ciente dessa mudança”, falou Renato.
Em todo o Estado de São Paulo, a campanha terá início a partir do dia 25 de janeiro. A data foi escolhida porque é o aniversário da cidade de São Paulo, a maior cidade brasileira, com grande volume de supermercados e onde está localizada a sede da Apas e das principais redes de supermercados do país.
Minas Gerais e outros estados também têm demonstrado interesse em realizar campanhas parecidas.
As sacolas descartáveis são feitas à base de petróleo (polietileno) e demoram em torno de 400 anos para se deteriorarem poluindo o meio ambiente.