Pesquisador elogia medida da Secretaria de Saúde em levar profissionais às residências
Andressa Aoki
Andressa@acidadevotuporanga.com.br
A leishmaniose visceral tem preocupado municípios. A doença, que era conhecida no Mato Grosso, migrou para o estado de São Paulo. Secretarias de Saúde estão desenvolvendo ações para combater a doença. Votuporanga dá o exemplo e propicia visitas de enfermeiras e agentes de saúde em residências.
Medida que foi elogiada pelo pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Mauro Marzochi. O votuporanguense esteve no jornal A Cidade e falou sobre a leishmaniose visceral. “A doença veio de Mato Grosso. Teve um aumento de propriedades com donos que residem em São Paulo. O intercâmbio está grande e alguns levam o cão da fazenda para suas casas. O trecho inicial da leishmaniose foi Mato Grosso, Araçatuba e Bauru”, disse.
Ele destacou que a iniciativa de enfermeiras identificarem as pessoas doentes foi um avanço em Votuporanga. “É uma doença que evolui lentamente. A febre dura semanas e o emagrecimento é grande. É fácil para os profissionais de saúde perceber os sintomas e encaminhar para o posto de saúde”, complementou.
A orientação do pesquisador é que as pessoas não tragam seus cães do Mato Grosso. “Muitas famílias levam os cachorros doentes para outras cidades, agravando o problema. É preciso respeitar as orientações de saúde pública. O cão infectado precisa ser sacrificado”, afirmou.
Mauro Marzochi contou que galinheiro é um forte atrativo para o mosquito palha, assim como os materiais orgânicos nos quintais. “Acabar com o galinheiro e deixar o sol bater no chão é necessário”, explicou.
Sobre inseticidas, ele disse que o efeito é baixo. “O inseticida dura uma semana. Alguns deles foram proibidos no Brasil por questão ecológica. Possuiriam eficiência, se bem aplicados e seguindo as normas do Ministério da Saúde”, destacou.
Matéria completa na edição de hoje do Jornal A Cidade.