Da Redação
O vereador Emerson Pereira esteve ontem, às 11 horas, no programa Jornal da Cidade, da rádio Cidade, para esclarecer a polêmica em que se inseriu ao chamar os assistentes sociais do município de “bando”. Ele aproveitou para contar, com exclusividade, que apresentará um projeto na sessão de Câmara Municipal de amanhã solicitando a proibição da passagem do trem entre as 22h e 6h no município.
“A comunidade dos bairros São João, Estação e Sonho Meu tem cobrado o vereador a solucionar o problema. É um absurdo o trem passar pelos bairros e acordar idosos, crianças e doentes na madrugada. Demorou muito para que Votuporanga tomasse uma solução como essa. Estamos pautando no projeto de Curitiba-PR, que tem esse projeto já aprovado. A população tem direito ao sossego. Sei que é um projeto polêmico que as comissões devem analisar minuciosamente para a votação”, explicou o vereador.
Polêmica com assistentes sociais
O vereador contou que encaminhou uma senhora de 54 anos de idade, que tinha um pedido médico para fazer aulas de dança, ao Cras (Centro de Referência de Assistência Social), porém ela não foi atendida. Emerson chamou então os assistentes sociais de “bando” e eles foram até a sessão da Câmara da última segunda-feira em busca de um pedido de desculpas do vereador.
“A senhora que encaminhei precisava de atendimento, ela tem vários problemas de saúde e mora no São João, próximo ao Cras. Solicitei as aulas e, após um mês do envio do ofício, na segunda-feira da sessão, cheguei na Câmara por volta das 16h e recebi um oficio dizendo que o Cras não poderia atender a senhora porque que ela tinha menos de 60 anos de idade. Na realidade, os Cras estão nos bairros para atender a população, não gostei de receber o oficio porque eles poderiam sim ter feito algo para dar qualidade de vida àquela senhora. Disse que lá tem um bando. Eu me preocupo muito com o dinheiro público e com os funcionários. Percebi que naquela hora a equipe do Cras não queria fazer algo para atender a senhora. São vários assistentes sociais e psicólogos que trabalham ali e eles deveriam ter feito algo por ela. Eu sei das necessidades da população mais pobre. Achei que eles deveriam trabalhar mais diretamente com a população, é por isso que existe o Cras”, disse.
Emerson ressaltou que a população deve ser atendida com dignidade. “Se não pode devido a idade, eles tem por obrigação abrir novos grupos para atender a população. A minha preocupação maior é com a senhora que foi encaminhada. A equipe do Cras não prestou o atendimento que solicitei à senhora. Eu disse que perdoava as assistentes sociais, durante a sessão da última segunda-feira, porque elas não atenderam um caso de extrema importância. Não vi motivos em estar pedindo desculpas às assistentes sociais. Eu me senti triste e na pele dessa senhora que não foi atendida. Agora, é perdoar, lamentar o ocorrido e tentar buscar soluções para a senhora ser atendida. Na realidade, foi um pedido de perdão [o ato de perdoar as assistentes], somos filhos de Deus, irmãos, mais uma vez eu digo aqui às assistentes sociais do município, já que era um pedido de desculpas que elas queriam ouvir, mais uma vez estou me desculpando, mas eu também digo que elas trabalhem mais pela população. Não é intenção do vereador ofender nenhum tipo de classe. Os nossos funcionários públicos de certas repartições devem trabalhar sim com mais amor, mais dedicação, em momento algum eu denigri a imagem dos profissionais. A nossa população pede melhorias e nosso povo mais humilde precisa de mais atenção”, finalizou.