Da Redação
A Biblioteca Escolar Central “Castro Alves” de Votuporanga disponibiliza atualmente mais de 160 títulos de livros divididos entre livros em braille e audiobook ou livro falado. Os livros podem ser retirados por qualquer cidadão votuporanguense desde que tenha a carteirinha da Biblioteca Municipal.
Todos os livros do acervo em braille da Biblioteca Municipal de Votuporanga foram doados pela Fundação Dorina Nowill para cegos e conta com títulos como: “Harry Poter e as Relíquias da Morte”, “Auto da Compadecida”, “Reinação de Narizinho”, “Contos de Fada”, “Casais inteligentes enriquecem....”, “Cocoricó na ponta do dedo”, “A verdadeira história dos três porquinhos”, “Meninode Engenho”, “Vestido de Noiva”, “Auto da Barca do Inferno”, “Farsa de Inês Pereira”, “São Bernardo”, “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, entres muitos outros divididos entre ficção, clássicos, infantis e infanto-juvenil.
Atualmente, além dos livros em braille e audiobooks, a Biblioteca Municipal de Votuporanga conta com um acervo de mais de 32 mil livros, além de oferecer títulos de revistas como: Veja, Exame, National Geografic, Amiguinho, Vida e Saúde, Mundo Estranho, Bravo, Super Interessante e Você S/A, e acesso aos jornais: A Cidade, Diário de Votuporanga, A Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo.
O empréstimo de livros e revistas é feito de forma gratuita e qualquer pessoa pode realizá-lo. Para o cidadão votuporanguense que não possui ficha na Biblioteca e gostaria de retirar algum título, basta fazer o cadastro, tendo em mãos a carteira de identidade (RG), um comprovante de endereço e duas fotos 3x4. Menores de 15 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis.
A Biblioteca fica na rua São Paulo, anexo à Concha Acústica, no centro da cidade. Mais informações pelo (17) 3422-4288.
Audiobook
O audiobook, audiolivro ou livro falado é uma gravação dos conteúdos de um livro lidos em voz alta contando todos os detalhes da cena, muitas vezes, possuem narradores profissionais contando a história, podendo haver ainda efeitos sonoros, que ajudam na interpretação do texto e evitam a monotonia na escuta.
O audiolivro é ideal para pessoas que querem ler, porém, não possuem tempo para tal atividade, para deficientes visuais, para estudiosos que desejam otimizar seu tempo ocioso e para tipos de personalidades que são mais auditiva que visuais.
Fundação Dorina Nowill
Há mais de seis décadas, a Fundação Dorina Nowill tem se dedicado à inclusão social das pessoas com deficiência visual, por meio da produção e distribuição gratuita de livros braille, falados e digitais acessíveis, diretamente para pessoas com deficiência visual e para mais de 1.400 escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil.
A Fundação Dorina Nowill para Cegos também oferece, gratuitamente, programas de serviços especializados à pessoa com deficiência visual e sua família, nas áreas de educação especial, reabilitação, clínica de visão subnormal e empregabilidade.
Organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico, ao longo dos anos a Fundação Dorina Nowill para Cegos produziu mais de seis mil títulos e dois milhões de volumes impressos em braille. A instituição produziu ainda mais de 1.600 obras em áudio e cerca de outros 900 títulos digitais acessíveis. Além disto, mais de 17.000 pessoas foram atendidas nos serviços de clínica de visão subnormal, reabilitação e educação especial.
Braille
Anualmente são produzidas milhares de páginas em braille de livros didático-pedagógicos, paradidáticos, literários e obras específicas solicitadas pelos deficientes visuais. Ao produzir e distribuir livros em braille, a Fundação Dorina proporciona condições de acesso à independência pessoal, formação educacional, cultural, profissional e atividades de lazer.
O Centro de Transcrição Braille da Fundação Dorina Nowill para Cegos realiza um importante serviço: a produção de obras de qualquer gênero no sistema braille, para atender, individual e gratuitamente, as necessidades de material para estudo, pesquisa ou trabalho da pessoa com deficiência visual.
O braille é um sistema de leitura e escrita destinado a pessoas cegas por meio do tato. Sua escrita é baseada na combinação de seis pontos, dispostos em duas colunas de três pontos, que permite a formação de 63 caracteres diferentes, que representam as letras, números, simbologia aritmética, fonética, musicográfica e informática.
O sistema braille se adapta à leitura tátil, pois os pontos em relevos devem obedecer a medidas padrão, e a dimensão da cela braille deve corresponder à unidade de percepção da ponta dos dedos, segundo método publicado em 1829, por Louis Braille.
Louis Braille perdeu a visão aos três anos. Quatro anos depois, ele ingressou no Instituto de Cegos de Paris. Em 1827, então com dezoito anos, tornou-se professor desse instituto. Ao ouvir falar de um sistema de pontos e buracos inventado por um oficial para ler mensagens durante a noite em lugares onde seria perigoso acender a luz, ele fez algumas adaptações no sistema de pontos em alto relevo.