Da Redação
Os bancários de Votuporanga continuam em greve. De acordo com Harley Aparecido Vizoná, presidente do Sindicato dos Bancários de Votuporanga e Região, apenas as agências do Bradesco funcionam em toda a região. A greve dos Correios também continua.
Na próxima semana, os grevistas dos Correios farão uma reunião no sindicato de São José do Rio Preto, às 14 horas e às 18 horas seguem para Brasília, onde farão uma manifestação, acompanhados dos bancários em greve, na Explanada dos Ministérios.
Reivindicações
Os bancários pedem maior participação nos lucros, vale-alimentação, vale-refeição, 13ª cesta e auxílio creche/babá de um salário mínimo (R$ 545), PLR (participação nos lucros) de três salários mais R$ 4.500, piso salarial de R$ 2.297,51, contratação de mais empregados, melhores condições de trabalho e, principalmente, 5% de aumento real nos salários.
Correios
Para tentar chegar a um acordo com os trabalhadores em greve, a direção dos Correios recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para fazer a conciliação com os funcionários. A empresa instaurou o dissídio coletivo no TST com pedido de liminar para suspensão da greve, sob a pena de multa diária de R$ 100 mil. Em nota, os Correios informam que a busca de conciliação por meio do TST foi feita depois de esgotadas todas as tentativas diretas de acordo com a representação dos trabalhadores. “Os Correios continuam abertos ao diálogo e conclamam novamente os trabalhadores parados a reavaliar sua posição e fechar o acordo coletivo de trabalho, em benefício da população brasileira e de todos os 110 mil empregados da empresa”, diz o comunicado.
A principal divergência entre a empresa e os funcionários é sobre o desconto dos dias parados. A direção dos Correios apresentou uma proposta de descontar os dias não trabalhados na proporção de um dia de greve por mês. Mas os trabalhadores não aceitam o desconto e se propõem a compensar os dias de greve com horas extras e mutirões para colocar o serviço em dia.
A empresa também manteve a proposta de aumento linear de R$ 80 a todos empregados, reajuste salarial e dos benefícios em 6,87% e abono imediato de R$ 500. A reivindicação dos trabalhadores é por um aumento linear de R$ 200, além de reposição da inflação de 7,16% e aumento do piso salarial de R$ 807 para R$ 1.635. A categoria também exige a contratação imediata de todos os aprovados no último concurso público dos Correios.