Adolescentes falam sobre gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis
Da Redação
Convidados pelo jornal A Cidade a falar de assuntos como gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis, os estudantes de Votuporanga que participaram da VIII Capacitação de Adolescentes Multiplicadores na Prevenção da gravidez e DST/Aids garantiram que é preciso se prevenir, a adolescência não é a melhor hora para ter filhos e o preconceito com relação às doenças e meninas que engravidam cedo existe, mesmo que velado.
A capacitação, organizada pela Secretaria de Saúde Municipal por meio do Prosad (Programa de Saúde Integral do Adolescente) (Prosad), do Programa Municipal DST/AIDS, Secretaria Municipal da Educação, Delegacia de Ensino e Rotary Clube Novo Milênio, aconteceu na Airvo/Sindimob (Associação Industrial da Região de Votuporanga/Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Votuporanga), na sexta-feira (30), todo o dia, reunindo dezenas de estudantes.
Yasmin Comar Curia, de 16 anos, estudante do 2° ano do ensino médio, ressaltou a importância do evento para esclarecer suas dúvidas. “Nunca conversei com minhas amigas sobre doenças sexualmente transmissíveis ou gravidez e tenho algumas dúvidas”.
Beatriz Preve Novelli, 16 anos, aluna do 2° ano do ensino médio, contou que as famílias têm conversado mais com os filhos hoje. “Pelo menos minha mãe conversa muito comigo. Participar de encontros que debatam o assunto ajuda muito também”.
Rafaela dos Santos Jorge, 14 anos, do 1° ano do ensino médio, ressaltou que os adolescentes que ela convive são bem conscientes. “Meus amigos sabem que a falta de cuidado pode trazer problemas. É a falta de conversa e orientação que provoca o descuido”. Com relação à gravidez na adolescência ela disse que não é legal. “Você vai perder um período da sua vida, por que vai ter que se dedicar a cuidar do filho e não tem como voltar depois”.
Thais Joenck, 16 anos, 2° ano do ensino médio, disse que engravidando na adolescência a pessoa perde a fase mais legal de sua vida. Ela falou ainda sobre o uso da caminha. “Um relacionamento sem camisinha pode mudar a sua vida, ela é a melhor forma de prevenção, a mais completa”.
Lucas de Souza Caldeira, 16 anos, 2° ano do ensino médio, falou que a camisinha é o método mais completo de prevenção. “O homem tem esse mito de que é diferente, mas a camisinha não atrapalha em nada. É preciso pensar mais em você, ter mais amor na vida”. Com relação à gravidez ele disse que um menino de 16 anos não está preparado para ser pai. “É difícil cuidar de um animal de estimação, imagina de um filho!”
O estudante falou ainda sobre o preconceito com relação à Aids e quem engravida cedo. “O preconceito existe e vai ser difícil de acabar. Por isso, é melhor se cuidar”.
Gustavo Gomes dos Santos de Paula, 14 anos, estudante do 1° ano do ensino médio, disse que a prevenção é sinal de amor, que a camisinha é fundamental em uma relação. “As pessoas precisam se cuidar, se amar mais e ter responsabilidade”.
A capacitação em que os estudantes participaram ofereceu informações necessárias para que eles sejam os protagonistas da prevenção da gravidez precoce, DST/Aids, drogas e violência e com uma linguagem própria da idade transmitam para os demais alunos as informações que receberam da equipe.