Da redação
Votuporanga vacinou 94,71% das crianças menores de cinco anos de idade na segunda etapa de vacinação contra a paralisia infantil, que terminou na última
segunda-feira. Foram vacinadas 4.477 crianças.
Foram imunizadas 937 crianças menores de 1 ano; 888 com 1 ano de idade; 904 com 2 anos; 829 com 3 anos; e 919 com 4 anos. O bairro Pozzobon é o que vacinou mais crianças, 915. A meta do Ministério da Saúde era de vacinar 95% das crianças no município.
A poliomielite é uma doença causada por um enterovírus, denominado poliovírus (sorotipos 1, 2 e 3). É mais comum em crianças ("paralisia infantil"), mas também ocorre em adultos. A transmissão do poliovírus "selvagem" pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal-oral, o que é crítico em situações onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão particularmente sob risco. O poliovírus também pode ser disseminado por contaminação fecal de água e alimentos.
O modo de aquisição do poliovírus é oral, através de transmissão fecal-oral ou, raramente, oral-oral. Uma pessoa que se infecta com o poliovírus pode ou não desenvolver a doença. Quando apresenta a doença, pode desenvolver paralisia flácida (permanente ou transitória), meningite ou, eventualmente, evoluir para o óbito.
Desenvolvendo ou não sintomas o indivíduo infectado elimina o poliovírus nas fezes, o qual pode ser transmitido para outras pessoas por via oral. A transmissão do poliovírus ocorre mais frequentemente a partir do indivíduo assintomático. A eliminação é mais intensa 7 a 10 dias antes do início das manifestações iniciais, mas o poliovírus pode continuar a ser eliminado durante 3 a 6 semanas. A poliomielite não tem tratamento específico. Ainda é considerada endêmica pela Organização Mundial da Saúde na Nigéria, Índia, Afeganistão e Paquistão.
Sarampo
A campanha de vacinação contra o sarampo segue até o próximo dia 20, para crianças de 1 a 6 anos de idade. O sarampo é a doença infecciosa aguda do sistema respiratório, altamente contagiosa, usualmente de evolução benigna, cuja principal complicação é a broncopneumonia.
Os principais sintomas são: febre alta, manchas vermelhas pelo corpo (exantema), mal-estar geral, coriza, conjuntivite e tosse com catarro. Nas fases iniciais da doença, podem ser observados pequenos pontos brancos, circulados por uma região vermelha, localizados na parte interna das bochechas.
A vacinação é a medida mais eficaz de prevenção contra o sarampo. A vacinação deve ser feita com a tríplice viral aos 12 meses de vida e uma dose de reforço aplicada entre 4 a 6 anos de idade. A vacina também deve ser aplicada durante a realização de bloqueio vacinal de contatos de casos suspeitos ou confirmados da doença, em indivíduos da faixa etária de 6 meses a 49 anos de idade, que não comprovem vacinação anterior. Nesse caso, a vacina utilizada para os maiores de 6 anos é a dupla viral. Os profissionais de saúde e todos os profissionais da rede hoteleira, aeroportos, portos, taxistas, quartéis, corpo de bombeiros e caminhoneiros, atualmente, constituem os principais grupos de risco para a doença e por isso devem procurar o posto de vacinação para receberem a vacina contra sarampo. A vacina tríplice viral protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba e a dupla viral não contém antígenos contra a caxumba.