Ainda não há data de inauguração; alunos só serão transferidos para a nova escola no ano que vem
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A obra do Centro Educacional do Sesi (Serviço Social da Indústria) será entregue no próximo mês. A informação é do diretor regional da Fiesp em Votuporanga, Ricardo Zaccarelli Lopes, que esteve ontem no jornal A Cidade. "As crianças não serão transferidas para a escola este ano. A inauguração será agendada", disse.
O investimento é de cerca de R$ 10 milhões. A área onde funcionava o antigo campus da Unifev (Centro Universitário de Votuporanga) foi doada pela Prefeitura. O Centro Educacional do Sesi já oferece vagas para o ensino fundamental para turmas de 1º ao 3º ano em regime integral e de 4º e 5º ano em período parcial. Com a estrutura modelo a ser inaugurada, os alunos terão uma escola ainda mais moderna e equipada.
Com a conclusão da obra, a Fiesp vai abrir licitação para construção do prédio, ao lado, que abrigará o Centro Tecnológico de Formação Profissional da Madeira e do Mobiliário e Senai-SP, atualmente instalado no bairro Santa Luzia, criando um complexo de ensino integrado e modelo das duas entidades. A expectativa é que, após iniciada, a construção leve 18 meses.
Energia a preço justo
Zaccarelli também falou sobre a campanha do Fiesp denominada "Energia a preço
justo". "Está encerrando a concessão para a construção de usinas hidrelétricas com relação a sistema de geração, transmissão e distribuição. O prazo será em 2015. A Fiesp propõe que seja reduzido o preço da energia, benefício para a população e para o Brasil, que se torna competitivo", afirmou.
No Brasil, 77% de toda a energia produzida vem de usinas hidrelétricas, a fonte mais barata que existe. Mas a construção das usinas e sistemas de transmissão e
distribuição é um investimento bilionário. Para viabilizar essa construção, o governo faz contratos de concessão com empresas e o investimento é recuperado cobrando-se um valor adicional nas contas de luz. Portanto, quem paga pela construção do sistema elétrico é o consumidor. As contas são mais altas no período de amortização. "Estamos pedindo que a população acesse o site www.energiaaprecojusto.com.br para aderir o movimento. A campanha já atingiu 100 mil assinaturas, mas a meta é chegar a 1 milhão", concluiu.
A lei atual não permite novas prorrogações e determina que sejam feitos leilões para novos períodos de concessão. O Brasil está diante de uma oportunidade: a partir de 2015, terminam os contratos de 82% das linhas de transmissão, de 40% da distribuição e de 112 usinas hidrelétricas (28% da geração). Os novos leilões devemser realizados pelo critério de menor tarifa. Hoje, o preço médio da energia
comercializada por essas usinas é R$ 90,98 por megawatt/hora. No entanto, nos
leilões mais recentes de concessão (usinas de Santo Antonio, Jirau, Belo Monte e
Teles Pires) o preço médio dessa energia, descontada a amortização dosinvestimentos, foi R$ 20,69 por megawatt/hora, em média. Ou seja, 77% mais barata.
Com a realização de novos leilões para os contratos que vencerão a partir de 2015,estima-se que a economia para os consumidores poderá chegar a 918 bilhões de reais, em 30 anos. Ou 30 bilhões de reais por ano, o que daria para manter mais dois programas sociais do tamanho do Bolsa Família.