Da redação
Em uma reunião hoje, às 8h30, na Concha Acústica, os bancários de Votuporanga e região decidem se deixam de trabalhar. Desde ontem a agência da Caixa Econômica Federal já está fechada. O Sindicato dos Bancários de Votuporanga e Região analisaram ontem o movimento dos grandes centros para discutir a paralisação, que atingirá bancos públicos e privados. O objetivo é pedir aumentos nos salários e maiores benefícios para a categoria.
A categoria reivindica aumento de 5% acima da inflação, e instituições oferecem só 0,56%. Os bancos ainda não têm número de quantas pessoas pararam e quais os serviços que serão mantidos em meio à greve.
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)
estima que mais de 483 mil pessoas trabalhem no setor. Os dados são da Contraf-CUT de 2010.
Os bancários pedem maior participação nos lucros, vale-alimentação, vale-refeição, 13ª cesta e auxílio creche/babá de um salário mínimo (R$ 545), PLR (participação nos lucros) de três salários mais R$ 4.500, piso salarial de R$ 2.297,51, contratação de mais empregados, melhores condições de trabalho e, principalmente, 5% de aumento real nos salários.
Segundo o Dieese, a remuneração média dos admitidos nas agências do Sudeste é de R$ 2.754,84. Em todas as outras, esses salários estavam entre R$ 1.589,38 (Norte) e R$ 1.983,93 (Sul).
Para a Fenaban (Federação Nacional de Bancos), qualquer atitude que dificulte o atendimento de usuários é condenável, principalmente quando a negociação pode continuar e evitar qualquer paralisação. Aos clientes bancários, a entidade lembra que, mesmo numa greve, muitas agências funcionam normalmente e vários outros canais de atendimento (internet, telefone, terminais de autoatendimento e correspondentes) permitem a prestação de serviços.
Correios
A greve dos Correios continua por tempo indeterminado. Até o momento, os grevistas não receberam uma resposta com relação à contraproposta protocolada por eles na última sexta-feira. Até o final da semana os petroleiros também decidem se entram ou não em greve.