Andressa Aoki
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O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgou os dados referentes ao mês de julho. Votuporanga registrou saldo de 191 novos postos de trabalho, sendo 1085 admissões e 894 desligamentos.
Como já vem ocorrendo, o setor de serviços é o que mais emprega. Foram 276 contratações e 189 demissões, com saldo de 87. No ano, foram 2.107 admissões e 1595 desligamentos.
A área de construção civil também está crescendo. Somente no mês passado, foram 97 novos postos de trabalho e 54 demissões. No ano, foram 721 contratações e 536 desligamentos.
Comparado com o ano anterior, Votuporanga admitiu 13.070 empregadores, mas dispensou 11.077, com saldo de 1993. Neste ano, o índice do município atinge novos recordes. Em fevereiro deste ano o saldo ficou em 275 novas vagas criadas com carteira assinada, o equivalente a 175% a mais do que o mesmo período de 2010.
Desde os últimos cinco anos o mês de fevereiro não registrava índices nesta proporção. Os dados relacionados a geração de emprego também ganharam destaque em 2010.
No ano passado o município bateu recorde histórico. “Foi o maior saldo e a maior variação de empregos em Votuporanga nos últimos tempos, desde que os números oficiais passaram a ser divulgados pelo Caged”, lembra o prefeito Nasser Marão Filho. O prefeito ainda destacou que “em 2010 tivemos o maior crescimento já verificado, superando a todos os municípios de igual porte, atingindo 1.853 novas vagas no mercado formal”.
Brasil
O resultado do saldo de empregos em julho “não foi tão bom” quanto o esperado, na avaliação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O ministério divulgou o saldo de empregos formais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que ficou abaixo do registrado em julho do ano passado. Em 2010 o saldo foi de 181.796 e neste ano foi de 140.563 empregos.
“Não foi tão bom quanto a gente gostaria. No mês de julho você tem o período de férias, o que gera demissões na área de educação, a agropecuária no Sul e Sudeste também começa a desacelerar. Foi abaixo do que estava no ano passado, mas não é uma tendência”, disse o ministro.
Ele afirmou ainda que mantém em 3 milhões de empregos a expectativa de saldo para este ano. “Só com o resultado de agosto vamos poder ver se é uma tendência ou não, mas espero que neste mês haja mais contratações. Em agosto já temos contratações visando as festas do fim de ano.”Perguntado, o ministro descartou que a crise econômica possa afetar o nível de emprego no país, alegando que o atual problema da economia brasileira é a concorrência externa.
“Na área de indústria de transformação, houve sim [um recuo do emprego], mas não é um comportamento específico para o mês de julho. A indústria de transformação, tendo uma concorrência externa muito nociva, reduziu sua capacidade de contratação e, é claro, houve uma diminuição de sua capacidade de venda. Mas acho que o governo já tomou as medidas necessárias.”