Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
"Que bombeiro que quero para a minha cidade?", foi com essa pergunta que o comandante dos Bombeiros, tenente Alex Brito de Moura, apresentou a proposta de criar a taxa do Bombeiro. "Estamos estudando a taxa, que seria cobrada juntamente com o IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano). Seria calculada de acordo com a carga de incêndio e a área. Uma indústria de móveis pagaria de R$ 13 a R$ 20. Já as casas de 100 a 200 metros quadrados desembolsariam R$ 1 cada, o que equivale a 70% dos imóveis", destacou.
Brito ressaltou que a princípio, a contribuição seria voluntária, mas que em conversas com entidades, pensou-se em ser algo fixo. "Estamos percorrendo empresas, clubes de serviço, associações de bairro para apresentar a proposta", afirmou.
O dinheiro seria encaminhado para o Febom (Fundo Especial de Bombeiro), que permitiria o acúmulo de um ano para o outro, a possibilidade de receber doações, de realizar convênios e de receber verbas provenientes de condenações judiciais. O Fundo seria administrado por um presidente nomeado pelo prefeito Nasser Marão Filho, com participação da sociedade.
Ele enfatizou a necessidade de atualização tecnológica, o que iria propiciar o atendimento pleno de toda a área, a possibilidade de um serviço mais seguro para a vítima e para o bombeiro, menor tempo de resposta, menor desgaste humano e eficiência em salvar vidas. O tenente apresentou fotos da frota do Bombeiros e qual seriam os veículos e equipamentos mais adequados.
O comandante da corporação também falou sobre os problemas nas dependências.
Segundo ele, os espaços são restritos, as instalações e equipamentos antigos, áreas inadequadas para condicionamento físico, locais insalubres e inexistência de base de treinamento.
O Corpo de Bombeiros surgiu em Votuporanga no dia 7 de agosto de 1985. Substituiu o serviço de salvamento e combate a incêndios no município. No dia 24 de março de 2006, foram feitas a ampliação e modernização das instalações físicas do posto.
O tenente também deu detalhes da corporação. "O efetivo é de Votuporanga, moram na cidade. Possuem cursos de resgate, de condução de viatura. Cerca de 40% têm de mergulho e de salvamento terrestre", disse.
Votuporanga atende Álvares Florence, Américo de Campos, Cardoso, Floreal, Macaubal, Magda, Monções, Nhandeara, Parisi, Pontes Gestal, Riolândia, Sebastianópolis do Sul e Valentim Gentil. "Iremos fazer um convênio com as demais Prefeituras para ajudar no custeio. Eles utilizam o serviço de Bombeiros para mergulho, vistoria de prédios e fábricas. No máximo R$ 500 por mês de cada Poder Executivo já ajuda", ressaltou.
Brito apresentou dados das principais ocorrências atendidas. Acidentes de trânsito com vítimas somam 251 no último trimestre. Mal súbito foram 186 e visita técnica operacional, 146. Insetos e animais agressivos somaram 36. Foram contabilizados 17 incêndios, 6 auxílios a gestantes e 4 tentativas de suicídio.
Ele também falou sobre o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). "A
corporação atende incêndio e salvamento. Resgate não é para os bombeiros", afirmou.
É obrigação do Estado: formar e capacitar os bombeiros, fornecer uniformes, remunerar o efetivo e adquirir equipamentos de combate a incêndio e para operações de salvamento.
Já os deveres do município é aquisição de viaturas de incêndio, transporte de material e salvamento e equipamentos. "No dia 22, será aberto um pregão para um caminhão.
Ganhamos um tanque da Facchini e uma moto recentemente da Albatroz", disse.