Da Redação
A população de Votuporanga tem colaborado na luta pela preservação do meio ambiente. Prova disso é a grande quantidade de pilhas e baterias entregue nos pontos de coleta do projeto Cata Pilha. Segundo balanço divulgado pela Saev Ambiental, em um ano e meio foram recolhidas 5,3 toneladas desse material. O mês com maior arrecadação foi junho de 2010, com 2 toneladas.
A iniciativa promoveu a distribuição de displays em 56 pontos comerciais para que moradores e comerciantes tenham um local adequado para o descarte de pilhas e baterias de celulares, motos e aparelhos elétricos. O projeto foi criado em maio de 2010, dentro da Política Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos da administração Junior Marão.
Classificadas como lixo eletrônico, pilhas e baterias apresentam em sua composição metais considerados perigosos à saúde humana e ao meio ambiente como mercúrio, chumbo, cobre, cádmio, zinco, manganês, níquel e lítio. “Se descartadas de forma errada no meio ambiente, os elementos tóxicos podem vazar e contaminar lençol freático, solo, rios e alimentos, causando danos às pessoas e animais. Através da cadeia alimentar, essas substâncias chegam, de forma acumulada, aos seres humanos”, explica a bióloga, Simone Neiva Rodella, chefe de Diagnósticos e Projetos Ambientais da autarquia.
Em qualquer região da cidade é possível encontrar um Cata Pilha. “Supermercados, postos de combustíveis, lojas, repartições públicas, hospitais, indústrias, instituições de ensino e religiosas abriram suas portas ao projeto e nos ajudam nesta missão de retirar o material da natureza”, comenta o Secretário de Meio Ambiente, Gustavo Gallo Vilela.
Periodicamente, funcionários da autarquia esvaziam os displays. O material é separado no Ecotudo. As baterias são enviadas para a Coopervinte (Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Votuporanga) que vende o material para empresas de reciclagem e destinam a verba para as famílias associadas. Já as pilhas, são entregues para uma empresa de Suzano, especialista na separação dos produtos químicos e seu retorno ao ciclo produtivo.
Simone orienta ainda que, para colaborar com esta causa, a população deve preferir o uso de pilhas alcalinas ou de baterias recarregáveis no lugar de pilhas comuns. O projeto Cata Pilha conta com apoio da Coopervinte, Mejan Ambiental, Vanágua, e Cemad (Centro Tecnológico de Formação Profissional da Madeira e do Mobiliário).