Cidadãos reclamam, autoridades buscam uma ação para coibir infrações e tirar os menores do local
Da Redação
Direção perigosa, ingestão de bebida alcoólica e até mesmo prostituição estão entre os problemas apontados pela população e autoridades que são registrados na avenida João Gonçalves Leite (do Assary). Ainda sem data para acontecer, haverá uma reunião entre as autoridades do município visando uma ação de combate às irregulares que acontecem no local.
O Conselho Tutelar estuda uma ação para impedir a presença de menores no local.
"Sabemos que há menores consumindo bebida alcoólica no local, alguns dirigindo veículos e até casos de prostituição. Após a reunião com as autoridades, realizaremos uma blitz no local. Os menores serão direcionados aos atendimentos necessários. As famílias também serão chamadas para conversar", explicou o conselheiro tutelar Douglas Leandro Silva de Araújo.
O conselheiro ressaltou a importância da união das autoridades para resolver o problema. "Conselho Tutelar, polícias civil e militar, Ministério Público, Conseg
(Conselho Comunitário de Segurança) e demais poderes devem atuar juntos para o sucesso da operação".
O Conselho Tutelar observa diariamente os pontos críticos da cidade e distribui cartazes com orientações sobre a proibição da venda de bebidas para menores e outras informações.
No mês passado foi realizada uma blitz, em companhia da Polícia Militar, nas praças das igrejas São Bento e Matriz, também visitando outros pontos críticos.
O Capitão Edson Favero, comandante da Polícia Militar em Votuporanga, disse que a perturbação de sossego é um problema sério e a única forma de combate é a fiscalização. Com relação às perturbações com veículos, o PM afirmou que o Código de Trânsito Brasileiro oferece diversas possibilidades ao agente fiscalizador.
No dia a dia, a fiscalização da polícia é de orientação, sem usar muito o rigor. "Em casos como da avenida do Assary, não temos muitas possibilidades, a solução é aplicar o código com suas minúcias", ressaltou o comandante, alertando ainda, "não é de uma hora para outra que esse tipo de problema é resolvido, talvez você retira as pessoas do local e elas vão para outro. Ninguém está proibido de frequentar a avenida, você só não precisa perturbar".
É meta da polícia militar direcionar o policiamento para os locais onde há perturbação.
O vereador Eliezer Casali esteve com o juiz da Vara da Infância e da Juventude, José Manuel Ferreira Filho, discutindo a situação da avenida e suas travessas. Eles
sugeriram a reunião entre as autoridades. "Abordamos a questão da avenida do Assary e também suas travessas em relação aos atos que acontecem no final de semana como abusos no trânsito, som, desrespeito a lei, uso de drogas e prostituição.
Ele está preocupado e solícito com relação o que acontece e ainda nesta semana será agendada uma reunião entre o juizado, Conselho Tutelar, Polícia Militar, Conseg para que seja traçada uma ação semelhante as abordagens da praça São Bento. Teve arrastão em dia de feira e depois da atuação conjunta, a praça ficou tranquila, com uma disciplina muito boa", finalizou.
Moradores
O senhor J. M., que não quis se identificar, morador da região da avenida do Assary, contou que o barulho começa na sexta-feira e segue até o domingo. "São tantos barulhos diferentes, tantos sons, tantas músicas. Motoristas dando cavalo de pau e cantando pneu dos carros e buzinas. Tem gente que passa a noite aí. Além de tudo, essa bagunça pode ser perigosa por que pode acontecer acidentes, disse.
A senhora Aparecida de Fátima Brito Ferreira também contou o que vê: "Motoqueiros empinando, barulho a noite inteira, menores na rua depois da meia noite. E os menores bebem, por que os adultos dão a bebida alcoólica. Estão amanhecendo na rua agora. Você precisa ver quantas garrafas quebradas ficam na rua. Minha sobrinha vem passear de São José do Rio Preto e só consegue dormir se estiver muito cansada, dá para escutar o som dentro do quarto".