J.L.Pavam

A Prefeitura de Votuporanga está em busca de recursos para eliminar os pontos

críticos de inundações na cidade, em épocas de chuvas. O secretário municpal de

Serviços Urbanos, Waldir Petenucci, participou ontem de audiência pública na

Câmara Municipal e disse que somente para a galeria da rua Padre Izidoro Cordeiro Paranhos seriam necessários R$ 7,5 milhões.

Outro ponto crítico, de acordo com o secretário, respondendo pergunta do vereador José Carlos Leme de Oliveira, é a rua Ceará, onde, toda vez que chove com intensidade, provoca alagamento de casas e arrasta até carros, como ocorreu este ano. Petenucci disse que o problema naquele setor nem é o recurso financeiro, mas a complexidade da obra. "Em uma sondagem que fizemos recentemente, detectamos a dificuldade. Ali a galeria atingiria, em alguns pontos, até seis metros de profundidade, portanto, é uma obra que necessita de escoramento para não abalar a estrutura das casas próximas".

Além desses pontos, Petenucci ainda citou o Parque das Nações e Jardim Bortoloti, onde também há problemas e necessitam de galerias com urgência. O presidente da Câmara, Meidão Kanso, sugeriu ao secretário que, ao aprovar um loteamento novo, a Prefeitura deveria exigir do proprietário a construção de galerias, para não ficar com o ônus no futuro.

José Carlos também perguntou ao secretário sobre a construção de sarjetões na cidade. Petenucci disse que em 2010 foram 150, mas ainda são necessários 250. "Inicialmente será feitos 100. Além disso, os novos loteamentos terão que fazer também os sarjetões", completou.

O vereador Eliezer Casali questionou Petenucci sobre como funcionará o serviço da Comunidade São Francisco de Assis na zeladoria dos banheiros das praças São Bento e Santa Luzia. De acordo com o secretário, inicialmente, a entidade colocará uma pessoa em cada banheiro, feminino e masculino, nas duas praças, das 17 às 22 horas. "Será uma experiência, porque é nesse horário que ocorrem os atos de vandalismo, prostituição e uso de drogas. Se for necessário alterar o horário, só o tempo dirá", informou.

Comentou também que a Prefeitura deverá construir mais 60 lombofaixas semelhantes à que foi feita em frente ao AME, na avenida da Saudade. "A prioridade é aonde tem maior fluxo de pessoas, mas onde tem lombada hoje será construída uma lombofaixa".

Por sua vez, a vereadora Encarnação Manzano perguntou sobre a limpeza de terrenos e o secretário disse que "está longe do ideal, mas avançamos muito. É uma questão de saúde pública. O proprietário tem que limpar e manter a limpeza, para evitar a proliferação do mosquito da dengue e da leishmaniose".

Quanto à dificuldade de realizar obras com rapidez na cidade, Petenucci explicou que o problema está contratação de mão de obra no setor de construção civil. "O mercado paga três vezes mais que o poder público, então fica difícil encontrar profissionais disponíveis para o serviço. Para qualquer obra mais complexa a Prefeitura tem que contratar uma empresa terceirizada e ainda enfrentar um monte de burocracia". Além de responder aos questionamentos dos quatro vereadores presentes à audiência, Petenucci apresentou um relatório de serviços executados de janeiro a junho deste ano. Ele destacou a limpeza e poda de árvores em estradas, manutenção de estradas, milhares de viagens de caminhões de terra para os supermercados Proença e Porecatu, além de aterros em locais de obras da Prefeitura. Também foram feitos serviços por toda a cidade.