Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Servidores municipais realizaram uma paralisação parcial ontem para reivindicar a
aprovação do Estatuto do Servidor Público, corrigido pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, e o 15.º salário em julho, 10% de aumento também em julho e 5% em fevereiro, a exemplo do que foi oferecido para os professores. Mas, em entrevista ontem, o prefeito Nasser Marão Filho disse que o 15.º salário não será possível no orçamento.
Segundo a diretora do Sindicato, Rosemar Cesário de Freitas, uma assembleia foi
realizada na quarta-feira com 400 funcionários, do total de 2.500 ativos e inativos.
"Decidimos pela paralisação de um dia", disse.
O prefeito disse que "é lamentável a situação. Foi uma paralisação pequena,
praticamente insignificante. Aqueles que pararam, foi por falta de conhecimento do que está sendo proposto. Quando se explica, todos voltam ao trabalho", disse.
Marão afirmou que o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais quer aproveitar a oportunidade da reestruturação da Educação (15.º salário). "Essa ação está sendo analisada há mais de um ano e é específica para os profissionais da educação.
Aproveitaram o momento. O recurso utilizado será do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e é para pagar os funcionários, para a valorização do profissional do segmento. Não foi o aumento no valor de hora/aula. Eles aproveitaram para tentar desestabilizar a estrutura da Prefeitura", destacou.
De acordo com Rosemar, oito postos de saúde ficaram fechados nos bairros Pró-Povo, Palmeiras I e II, Paineiras, Vila América, Parque das Nações, Parque Guarani e PAS
III, parcialmente. Entretanto, a Secretaria da Saúde confirmou que apenas o Pró-Povo e o Parque das Nações paralisaram.
O prefeito frisou que a Prefeitura sabe que a maior reivindicação é com relação ao
estatuto. "Desde 2001, pessoas eram contratadas como celetistas, mas os estatutários tem alguns benefícios que os outros não tem. Isso causava insatisfação muito grande dos servidores porque se sentiam inferiorizados porque quem trabalhava do lado era diferente. Nós criamos uma forma de fazer um regime único, com todos os direitos no estatutário. No ano passado, duas empresas foram contratadas: uma para desenvolver o novo estatuto com o plano de cargos, carreiras e salários e outra para montar o Instituto de Previdência própria do município. Com este instituto, os servidores podem ter aposentadoria com valor integral. Todos os servidores serão estatutários, beneficiando 1000 funcionários que estão no celetista", afirmou.
Marão explicou que como celetistas, não tinham o direito do 14.º salário e nem 1% de adicional a cada ano de serviço efetivo, além de seis abonadas por ano sem descontar do salário.
"O Sindicato está com postura incoerente e injusta. Pedimos para eles analisarem o novo estatuto no dia 4 de maio e eles pediram 30 dias de prorrogação. Já são quase 50 dias que não temos retorno", emendou. Ele contou que só aguarda o parecer do Sindicato para enviar o novo estatuto para a Câmara Municipal analisar. "Oferecer 15.º salário para todos não tem condição. É recurso do Fundeb", frisou.