Da Redação
O engenheiro civil Mário Cepollina, de São Paulo, esteve em Votuporanga na última terça-feira, para uma vistoria técnica na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) “Antonio Aparecido Polidoro”. Especialista em projetos e obras que envolvem movimentação de terra, o consultor foi recebido pelo superintendente da Saev Ambiental, Marcelo Marin Zeitune e pelo engenheiro Aldo Takao Okoti.
“Ele acompanha a obra desde os primeiros estudos e elaboração dos projetos. Esta avaliação, neste momento, é muito importante para darmos início à operação efetiva do tratamento de 100% dos efluentes”, destaca Zeitune.
Com mais de 35 anos de experiência, Cepollina explica que a obra “era difícil, numa área muito extensa e com características de subsolo bem diferentes. Ajustes foram necessários, principalmente neste período de testes, mas correu tudo bem e tivemos um ótimo resultado”.
A ETE de Votuporanga fica numa área de 33 alqueires. Deste total, 11 alqueires são de área de construção, o equivalente a quase 30 campos de futebol. “Desde que iniciamos o trabalho, movimentamos cerca de 700 mil m³ de terra, correspondentes a 140 mil viagens de caminhão”, afirma.
A construção teve início em maio de 2008. Em novembro de 2010, foi inaugurada
para entrar em pré-operação, período em que passa por testes de estanqueidade das lagoas, no sistema preliminar de gradeamento, desarenação e distribuição dos
efluentes.
Zeitune completa que para o teste de estaqueidade das lagoas foi necessário o
enchimento com água limpa das quatro represas, num volume de 372.458,00 m³. As equipes trabalharam em sistema de revezamento, 10 horas diárias, fazendo a captação a partir do córrego da Égua que tem vazão de 200 m³/hora. Somente este processo levou cinco meses.
A ETE terá capacidade para receber máxima de 370 litros de esgotos por segundo e mínima de 240, o suficiente para atender 100% de Votuporanga. Por hora, a cidade gera aproximadamente 864 mil litros de esgotos.