Da Redação
O SAE (Serviço de Atendimento Especializado) realiza amanhã em Votuporanga o 1º Encontro dos Profissionais de “Beleza.com Saúde”, que abordará questões sobre a detecção de hepatites. O evento voltado a manicures, podólogos, esteticistas, tatuadores e demais profissionais da beleza será no Espaço Unifev Saúde, anexo à Santa Casa, das 8 às 13 horas. Todos os profissionais participantes receberão gratuitamente certificado e material educativo.
De acordo com a enfermeira organizadora do evento - Rita Félix, “os vírus das
hepatites B e C são transmitidos por meio de equipamentos contaminados, sem
necessidade de haver sangramento. É importante lembrar que o vírus da hepatite B, por exemplo, sobrevive sete dias em temperatura ambiente” - enfatiza. A enfermeira do SAE – Leiliane Scarpa faz um alerta; “esses vírus podem estar presentes em esmaltes, assim como nos acessórios das manicures” – esclarece.
Em 2010, a Vigilância Epidemiológica de município registrou 48 pessoas
contaminadas pelos vírus das hepatites B e C. Um estudo inédito promovido pela
Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, revela que só na capital uma em cada dez manicures ou podólogos possui hepatite C. A maioria das profissionais não utiliza medidas de segurança necessárias para evitar o contágio e sequer sabem dos riscos de saúde relacionados à atividade que exercem.
Nova forma de tratar a hepatite C
A aprovação pelo FDA (Food and Drug Administration, órgão norte-americano que regulamenta o setor de medicamentos no País) de duas novas drogas, o boceprevir e o telaprevir, promete modificar o tratamento da doença, que hoje atinge mais de 60 mil brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde. Apesar dos números oficiais, a estimativa é que cerca de dois milhões de brasileiros tenham hepatite C e ainda não tenham sido diagnosticados.
A vantagem dos novos medicamentos é o índice de cura da doença, principalmente em pacientes com o genótipo 1, o mais incidente no Brasil - responsável por 70% dos casos. Com a medicação atual, o paciente que nunca tratou a hepatite C tem 45% de chances de zerar a atividade do vírus que prejudica o fígado, o equivalente à cura. Quando os novos medicamentos são adicionados ao tratamento atual, esse número sobe para 75%.
Mas é no caso de pacientes que já fizeram o tratamento e tiveram apenas uma reposta temporária (quando a carga viral é zerada durante o tratamento, mas volta assim que esse é finalizado), que os índices são ainda mais expressivos. De atuais 40%, eles sobem para 90% com a inserção das novas drogas.