Da Redação
A Saev Ambiental chega na fase final da pré-operação da Estação de Tratamento de Esgotos “Antonio Aparecido Polidoro” nesta semana. A destinação correta dos efluentes produzidos pela população urbana é um dos assuntos mais discutidos quando se fala em preservação dos recursos hídricos. Em Votuporanga, o tratamento é esperado para recuperar córregos e mananciais da região.
A obra foi inaugurada em novembro de 2010 e, a partir de então, entrou em pré-
funcionamento seguindo o cronograma de testes, onde se verifica a estanqueidade das lagoas, sistema preliminar de gradeamento, desarenação e distribuição do sistema.
O trabalho está dentro do prazo previsto. Em São José do Rio Preto, por exemplo, após a inauguração da obra a fase de pré-operação levou cerca de 20 meses. Em Votuporanga, a previsão é de 9 meses.
“É imprescindível que nos preocupemos com esta fase porque ela vai determinar o sucesso do projeto e vai garantir a recuperação de todo o córrego. Alguns ajustes foram necessários durante este período e estamos agora na fase final para destinar 100% dos efluentes gerados pelos moradores de Votuporanga”, comenta o superintendente da Saev Ambiental, Marcelo Marin Zeitune.
Ele observa ainda que para o teste de estaqueidade das lagoas foi necessário o
enchimento com água limpa das quatro represas, num volume de 372.458,00 m³. As equipes trabalharam em sistema de revezamento, 10 horas diárias, fazendo a captação a partir do córrego da Égua que tem vazão de 200 m³/hora. Somente este processo levou seis meses.
Após a licença de instalação, já expedida pela Cetesb, a Saev Ambiental solicitou a licença de operação, emitida pelo mesmo órgão após o fim do período de testes. Todo o processo foi explicado durante discursos de engenheiros na inauguração da obra no dia 20 de novembro do ano passado.
Travessias
No trajeto de 14 km de emissários, que leva o esgoto da zona urbana de Votuporanga até a Estação na zona rural, foram construídas quatro travessias em áreas de fundo de vale e em passagens de córregos. Atualmente, a equipe aguarda a chegada de um guindaste para fazer a instalação da estrutura metálica e assentamento de tubos de ferro fundido em duas travessias que completam o emissário.
Emissário
No último mês de maio, a Saev Ambiental respondeu a questionamento feito à
Ouvidoria Municipal quanto ao rompimento de parte do emissário que provocou mau cheiro. O problema foi detectado na margem direita do córrego Boa Vista após uma erosão provocada pelas fortes chuvas da época.
“Na época, o mau cheiro foi sentido porque, para fazer o reparo, tivemos que destinar o esgoto para um trecho do córrego próximo à rodovia Euclides da Cunha, evitando que o material chegasse até a área do rompimento. As obras foram concluídas e o problema solucionado”, explica o engenheiro Aldo Takao Okoti.