Profissionais da saúde, educação e assistência social e Unifev participaram de dinâmica
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Votuporanga está preocupada com o atendimento a gestantes e crianças de 0 a 3 anos. O município realiza uma rede de atenção ao desenvolvimento infantil integral e
integrado. "Visamos a intersetorialidade nos cuidados às famílias com crianças de 0 a 3 anos e fazer a malha a cidade", explicou para o jornal A Cidade, a secretária do
comitê técnico do Proapi – Projeto de Atenção à Primeira Infância e diretora do
Departamento de Educação Básica.
Visando expandir o conceito de malha, os profissionais das Secretarias de Saúde,
Educação e Assistência Social, além de docentes da Unifev participaram de uma
dinâmica de grupo com barbante. "Todos nós pensamos em separar ações. Temos que sair do gabinete e por o pé no bairro ir atrás do nosso atendido que é a criança.
Estamos nos organizando para a realização das tarefas. Não precisamos conhecer
ninguém para poder atender o menor. Faremos juntos pela criança e pela família. Se
está faltando na escola, precisamos falar com a Assistência Social para saber se
possuem o programa Bolsa Família. A rede não tem um líder", disse a psicóloga Taiza Pereira.
A coordenadora da área da Saúde da Unifev, Denise Mencaroni, destacou que a rede não é formada apenas pelos profissionais das secretarias e da Unifev. "Também devem estar envolvidos líderes religiosos e cuidadores. São pessoas ou locais que estão no dia a dia do atendido. Pode ser uma Igreja, o Centro de Convivência ou uma quadra", afirmou.
Luzia explicou que o problema nunca pode ser resolvido por apenas uma Secretaria. "Precisa envolver todos os profissionais que tem contato com a família",
complementou.
O Proapi é o programa que a FMCSV (Fundação Maria Cecília Souto Vidigal)
financia em Votuporanga. Ele visa a desenvolver melhores estratégias de disseminar,
implementar e incorporar conceitos de Desenvolvimento Infantil na prática de famílias e profissionais, enfatizando a importância das relações interpessoais da
criança, no período da concepção até os 3 anos de idade, para o seu desenvolvimento integral.
O convênio com a Prefeitura e a Unifev foi assinado em fevereiro de 2010 e, pelo
acordo firmado, o município recebe recursos para implantar as iniciativas que
pretende qualificar e humanizar a atenção à família e influenciar no desenvolvimento
das crianças de 0 a 3 anos. "O primeiro ano foi visando a formação de profissionais,
mas agora estamos construindo a rede", disse Luzia.
Ela contou que já foram notadas mudanças no atendimento. "Houve alterações no
comportamento. Por exemplo, uma criança que deixou de ir para a escola. A psicóloga foi importante junto ao menor e à família, a assistente social junto aos pais e à escola mudou o olhar e acolheu", finalizou.