Santa Casa realizou evento na praça cívica para ensinar a maneira correta de lavar as mãos
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Lavar as mãos: esse gesto pode salvar vidas. Com este lema, a Santa Casa de Votuporanga realizou um evento na praça cívica no Dia Mundial de Higiene das Mãos ontem pela manhã. Na ocasião, a equipe de enfermagem ensinou como fazer a lavagem correta das mãos e quando é aconselhável utilizar álcool em gel.
A enfermeira do Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, Eliane Gil, em entrevista ao jornal A Cidade, falou sobre a importância do ato de lavar as mãos. "A higiene é a melhor forma de prevenir e controlar infecção hospitalar e até mesmo na sua casa", disse.
Eliane explicou quando que é necessário a lavagem. "Com água e sabão, é preciso
sempre que se chega em algum lugar, quando estiverem sujas, antes e depois de ir aos banheiros. Já o álcool em gel é em qualquer momento do dia. Com relação ao
profissional de saúde, é importante lavar as mãos quando for iniciar qualquer procedimento", destacou.
Os microorganismos que causam infecções e doenças são transferidos de uma superfície para outra, através de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminadas. "É muito importante usar o sabão, porque a água lava superficialmente. Com essa atitude, estaremos nos prevenindo de conjuntivite, gripes, viroses e diarreia", afirmou.
A professora do curso de Enfermagem da Unifev, Leise Rodrigues Carrijo Machado, alertou sobre a secagem das mãos. "É preciso ser papel toalha branco e não reciclado. Uma pesquisa apontou que o último tinha coliforme fecal. Toalhas devem ser individualmente porque em estabelecimentos públicos com grande quantidade de movimentação de pessoas, ficam úmidas e a umidade propicia a proliferação de micro- organismos", destacou.
Leise ressaltou que a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um relatório que
identificou que 10% das pessoas atendidas em qualquer serviço de saúde morrem em decorrência de erros relacionados aos profissionais de saúde. "Foi elaborado um relatório com passos para que evitem e minimizem os casos, trazendo segurança aos pacientes. Um destes procedimentos é a higienização das mãos. No Brasil, a Rebraensp (Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente) está divulgando esta pesquisa. O nosso pólo mais próximo é São José do Rio Preto, que abrange a DRS 22 (Departamento Regional da Saúde) — de Catanduva a Santa Fé do Sul. Há mais de um ano, abrimos uma subseção em Votuporanga para reuniões, com profissionais da Santa Casa e da Unifev", disse.
Ela enfatizou o objetivo do evento. "É que as pessoas se adaptem ao hábito de
higienizar as mãos para que quando sejam atendidas por profissionais da saúde
questionem se já lavaram as mãos. O importante é sensibilizar estes profissonais que por falta de tempo ou questão de hábito não realizam. Cuidado limpo é mais seguro", concluiu.
A OMS orienta que a lavagem dure de 40 a 60 segundos o equivalente a cantar duas vezes "Parabéns para você". É imprescindível usar sabão, de preferência líquido, já que o sólido pode virar esconderijo de micro-organismos.