Edinho na ponte sobre o rio Paraná, na divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul
Da Redação
O deputado federal Edinho Araújo (PMDB) solicitou formalmente na sessão da
Câmara Federal de ontem a inclusão da ponte rodoferroviária sobre o rio Paraná no Plano Nacional de Viação. O objetivo é definir de uma vez por todas a responsabilidade pela conservação da obra de R$ 500 milhões, inaugurada há 13 anos.
“Hoje as responsabilidades estão indefinidas. A conservação não é de responsabilidade do governo de São Paulo, nem do governo do Mato Grosso do Sul e muito menos do governo federal. Incluindo a obra no Plano Nacional de Viação, a responsabilidade pela conservação poderá passará ao DNIT, órgão do Ministério dos Transportes”, defendeu o deputado.
O PNV engloba as malhas rodoviária, ferroviária e hidroviária e pelos aeroportos e
estabelece diretrizes gerais para as políticas e os sistemas de transporte, de acordo com a Constituição e com a legislação que hoje rege o setor.
“Hoje, dependemos da boa vontade do governo federal para incluir verbas no orçamento para a conservação da ponte, que nos últimos anos teve sua iluminação
depredada, necessitando de apoio do Exército para sua conservação”, explicou Edinho.
O ideal, segundo ele, é que o DNIT, órgão do Ministério dos Transportes, assuma de vez a responsabilidade pela manutenção de rotina e por melhorias na ponte, pois a obra é estratégica para a integração com o Centro-Oeste brasileiro.
Histórico
Desde o início do século passado, a região Noroeste de São Paulo brigou pela
construção de uma obra estratégica: uma ponte sobre o rio Paraná, ligando o Noroeste de São Paulo ao Mato Grosso do Sul.
Esta conquista finalmente tornou-se realidade em maio de 1998, quando a ponte
rodoferroviária ligando Rubineia, no lado paulista, a Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul, foi aberta ao trafego. O investimento total beirou R$ 500 milhões.
A ponte tem 3.770 metros de extensão. Por ela passam diariamente milhares de
veículos de passeio e de carga, e as composições da América Latina Logística levando 10% da soja exportada pelo Brasil. E com a duplicação da rodovia Euclides da Cunha a perspectiva é de um aumento significativo no tráfego pela ponte.
A parte rodoviária da ponte leva o nome do saudoso ex-deputado Roberto
Rollemberg, falecido em 11 de fevereiro de 1995. A parte ferroviária ganhou o nome do ex-senador Vicente Vuolo, outro batalhador incansável pela ponte.