Andressa Aoki
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O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) pagou ontem a primeira desapropriação para a duplicação da rodovia Euclides da Cunha (SP-320). A desapropriação foi registrada em um cartório de Cosmorama.
Trata-se de 5.700 m², em uma área localizada no Distrito da Roseira. "Foram pagos
R$ 161.500 com cheque do DER nominal ao ex-proprietário", explicou para o jornal A Cidade o procurador do órgão em São José do Rio Preto, Adirson Siqueira Galves.
Ele contou que no local será construída uma rotatória. "A rotatória ocupará mais do
que a área desapropriada, mais propriedades serão utilizadas e, consequentemente,
desapropriadas", complementou.
O procurador disse ainda que o proprietário José Roberto Ramos irá remover os seus pertences a partir de hoje. "Todo o processo é controlado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Temos um projeto ambiental aprovado para a duplicação da rodovia Euclides da Cunha", destacou.
Galves afirmou que o DER está dando preferência a desapropriar, a priori, domicílios familiares. "Estamos pensando no deslocamento da família, na facilidade para essas pessoas. Os comerciantes à beira da pista, estão sendo negociados, gradativamente", falou.
A próxima área que será desapropriada é em Jales. "Está nas mesmas condições que a de Cosmorama", emendou. Sobre as propriedades de Votuporanga, o procurador enfatizou que está realizando um levantamento de área de prioridade. "No momento, temos seis locais", disse.
"Os proprietários têm colaborado para a desapropriação e aceitado a proposta do DER que está de acordo com o preço do mercado", afirmou Galves. José Roberto Ramos, de 49 anos, foi um deles.
Ele que trabalha no setor de construção, possuia a área há quatro anos. "Tinha a minha casa, onde eu morava com meus três filhos e minha esposa e estávamos construindo uma área de lazer para festa", contou.
José Roberto afirmou que não teve dificuldade para negociar. "Concordei de primeira, estava dentro do que eu queria. Quero comprar uma casa em Votuporanga e com isso, voltar para a minha cidade de origem, onde exerço o meu serviço", disse.
O ex-proprietário ressaltou que a importância da desapropriação. "Eu acho que estou fazendo a minha parte para o crescimento do meu país. Eu sou a favor das pessoas desapropriarem porque o preço pago é o de mercado", concluiu.
O DER já está em contato com todos os proprietários das áreas necessárias para as obras. Estão sendo investidos R$ 26,7 milhões na desapropriação de 551 propriedades da região que totalizam 3,32 milhões de m².