Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
São muitas as dúvidas referentes a obra de duplicação da rodovia Euclides da Cunha (SP-320). Para saber se a obra contempla ou não marginais no perímetro urbano, o jornal A Cidade entrou em contato com o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) para ter acesso ao projeto da duplicação.
O órgão emitiu uma lista com as marginais que fazem parte da obra. Entretanto, não
se tratam de marginais no perímetro urbano. Em Votuporanga, por exemplo, os
quilômetros 508, 800 ao km 511, 150; 520, 300 ao km 521, 500 e 522, 100 ao km 523, 200 passarão por melhorias.
A não-inclusão de marginais do perímetro urbano na duplicação causou movimentação em Fernandópolis. O município terão os quilômetros 554, 100 ao km 558, 300 e 561, 900 ao km 562, 700 são os únicos a fazer parte da obra. O representante da Associação de Amigos dos bairros Antonio Brandini e João Pimenta, Emerson Vieira de Oliveira, utilizou a tribuna livre da Câmara de
Fernandópolis para falar sobre o assunto. Para ele, o governo deve estar "fazendo
economia". Ainda segundo Emerson, o fato prejudica apenas Fernandópolis, uma vez que cidades como Tanabi, Votuporanga e Jales, já têm suas vias marginais. "Em
Fernandópolis, elas só existem no trecho próximo ao shopping center", afirmou.
Os vereadores tinham marcado uma reunião no Palácio 22 de Maio na última semana para discutir a questão. "Se o governo estadual não construir as vias marginais, teremos sérios problemas de desenvolvimento", afirmou o vereador José Carlos Zambon. "Essa hipótese vai acabar com Fernandópolis, que será apenas uma cidade "de passagem". Vamos sofer um atraso de 50 anos", emendou Zambon.
Apesar da polêmica, as obras estão em andamento. As empreiteiras contratadas já
iniciaram os trabalhos em trechos específicos da rodovia com conservação, pavimentação de acostamentos, instalação de canteiro de obras, terraplanagem e serviços preliminares. Está sendo realizada a conservação da pista existente com execução de serviços de tapa buracos, reconformação dos acostamentos, manutenção da sinalização vertical e horizontal, roçada da vegetação e manutenção dos dispositivos de drenagem e ao longo do trecho, estão sendo feitos serviços de limpeza da camada vegetal e deslocamento do material resultante para local apropriado. Na terça-feira, foi realizado o primeiro pagamento para a área desapropriada em função da obra. Trata-se de 5.700 m², em uma área localizada no Distrito da Roseira.
Recentemente a empresa Conter inaugurou seu canteiro de obras. O local onde a
empresa fica instalada em Simonsen possui espaço para as instalações administrativas, laboratórios, usinas de asfalto e oficina mecânica. Ao todo, 300 homens trabalham na obra, que irá empregar 800 funcionários na região. (Com informações do jornal Cidadão)