Conseg pede maior regularização dos vigilantes; tenente Ramos participou da reunião
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Membros do Conseg (Conselho de Segurança Comunitária) se reuniram na manhã de ontem com vigilantes noturnos da cidade para discutir maneiras de otimizar o serviço prestado à população. Uma das formas, segundo a representante da Polícia Civil, a delegada Edna Rita de Oliveira Freitas, é a regularização imediata de todos esses profissionais, para que tenha o respaldo da Lei. Também foi discutida a criação de uma associação para defender os direitos dos vigias.
O encontro foi conduzido pelo presidente do Conselho de Segurança, José Francisco Brevigilieri, que tratou logo de esclarecer que a reunião, que contou com cerca de 15 vigilantes, não tinha a pretensão de penalizar aqueles que porventura não estivessem regularizados com registro de atuação na polícia e também na prefeitura, mas sim propor ideias que ajudem na maior segurança da comunidade.
A delegada Edna Rita, que atualmente responde pelo Primeiro Distrito Policial e pela Delegacia de Defesa da Mulher, afirmou que apenas sete, e não cinco vigilantes, como equivocadamente divulgado, possuem credenciamento para trabalhar. Segundo a delegada, os trabalhadores ilegais podem procurar a delegacia do setor da cidade em que atua, apresentar as informações dos clientes (nome, endereço, RG e CPF) e solicitar o cadastro.
O cadastro permite toda a ficha desse profissional, principalmente os seus antecedentes criminais, a forma de ação em caso de ocorrências, a abordagem feita pelos vigilantes e a troca de confiabilidade entre moradores e os profissionais. "Eu não acredito que na cidade existem apenas sete vigilantes. O credenciamento é importante, também para que se evitem casos de extorsão, em que os moradores são cobrados por alguns vigias, sem terem solicitado os serviços. Os ilegais também correm o risco de serem autuados pelo exercício irregular da profissão", alertou a delegada.
O tenente Ramos, da Polícia Militar, confirmou as palavras da delegada e ilustrou o
problema citando um exemplo. Segundo o oficial, caso algum vigilante seja encontrado pela PM patrulhando o bairro, sem apresentar credenciamento, poderá ser abordado e averiguado, sob o risco de ser confundido pelos próprios moradores com algum criminoso, que está rondando o bairro à procura de uma vítima. Ramos sugeriu também que os vigias conheçam os policiais militares que trabalham nos setores e salientou que a denúncia dos vigias é muito importante à PM, pois muitos crimes são evitados ou solucionados com o auxílio prestado por eles.
Ainda sobre a regularização dos vigilantes, foi informado que cada cadastro é permitido apenas para um vigilante, não sendo possível que outra pessoa, não regularizada, efetue a ronda. Sobre este aspecto, o padre Sílvio Roberto dos Santos, representando os usuários do serviço de vigilantes noturnos, contribuiu com uma sugestão. Para o pároco, os vigilantes credenciados poderiam se unir em associação, para defender os direitos da classe, montar plantões com substitutos e procurar cursos e capacitações para otimizar o serviço.
No final da reunião, o presidente do Conselho de Segurança, afirmou que é muito importante para a sociedade que os vigilantes noturnos sejam valorizados pela sociedade. "É preciso que se crie uma relação de confiança em que todos ganham.
Cada profissional, que cuida e zela pelo bairro é muito importante e este trabalho precisa ser otimizado, para a segurança de todos", finalizou José Francisco Brevigilieri.