Jociano Garofolo
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Chegou a vez dos motoristas de veículos pesados (ônibus, caminhões e carretas)
tirarem o pé do acelerador. Deverá começar a valer a partir de 1º de maio, domingo, m novo limite de velocidade que obriga esses veículos que transitam pela rodovia na Euclides da Cunha (SP-320), a reduzirem de 80 quilômetros para 60 quilômetros por hora.
Apesar do DER (Depertamento de Estradas de Rodagem) já ter efetuado a mudança no emplacamento ao longo da estrada, que vai de Rubinéia a Mirassol, a Polícia Militar Rodoviária recebeu a ordem de, pelo menos até o domingo, manter os radares eletrônicos programados na velocidade anterior. Ou seja, pelo menos por enquanto, nenhuma multa será aplicada aos condutores de veículos pesados que descumprirem o limte estabelecido.
A primeira redução ocorreu em janeiro, sob o pretexto do início das obras de
duplicação da rodovia. Na época, a Secretaria Estadual de Transportes enviou uma nota, a pedido do jornal A Cidade, sobre a redução da velocidade na estrada, de 100 para 80 km/h. "A redução de velocidade é necessária para que as frentes de trabalho possam iniciar a obra [da duplicação da rodovia] em vários trechos da via, reforçando a segurança dos usuários e dos trabalhadores. Deve ser iniciada previamente para que os usuários se acostumem com as novas velocidades permitidas".
Após muitas manifestações e protestos em toda a região, o governador Geraldo Alckmin veio a Votuporanga em março e anunciou o início imediato das obras. As
empreiteiras que venceram a licitação — Constroeste, Conter, Serveng/S.A.Paulista e Bandeirantes — iniciaram o trabalho de limpeza em trechos laterais da pista, mas a maioria das máquinas está parada em seus canteiros.
O motivo seria que a licença ambiental não estaria totalmente liberada. A Conter,
responsável pelo trecho de Votuporanga, empregou 120 pessoas para o cargo de
motorista, operadores de máquinas e serventes. Além da contratação, 20 caminhões e 15 máquinas aguardam a totalidade da licença ambiental. No anúncio, Alckmin afirmou que serão feitas 43 obras de arte — viadutos e passagens — e o investimento total será de R$ 775 milhões, em 164 quilômetros de estrada.