Presidente da Câmara pretende economizar no orçamento para contribuir na contratação de pediatra
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
O atendimento do Pronto Socorro volta a ser assunto de tribuna. Depois da carta de repúdio dos médicos da Santa Casa de Votuporanga sobre o pronunciamento do presidente da Câmara Municipal, Mehde Meidão Slaiman Kanso, ontem foi a vez de Meidão falar o que pensa. "Eu fiz um trato comigo mesmo que não voltaria mais ao assunto que se refere a denúncia sobre a criança que faleceu na Santa Casa, mas devido a insistência dos médicos do hospital em dizer que criticamos a Santa Casa, voltamos para fazer esclarecimento a população", disse.
Ele citou nomes de profissionais que compõem o corpo clínico. "A maior parte destes médicos daquele tempo davam plantão na Santa Casa sem receber, gratuitamente e que contribuiram muito para a instituição", lembrou.
Meidão também repercutiu sobre a nota assinada pelo Lions. "Muito me admira um clube de grande serviço prestado ao município entrar em uma discussão desta, dizendo que o vereador criticou médicos. Estão querendo desfocar a situação que foi dita para tentar inverter o quadro do que aconteceu na Santa Casa, tão bem dirigida pelo Luiz Liévana. Ele veio com o Luiz Bressan [diretor] na Câmara e eles não concordam com o tipo de atendimento do Pronto Socorro", destacou.
O presidente da Câmara explicou o termo que utilizou "assassino". "Quando dissemos assassino, foi o termo dito no velório. O comentário geral era que a criança tinha sido assassinada pela falta de atendimento. As pessoas estavam revoltadas", emendou.
Ele também falou da parceria do prefeito Nasser Marão Filho e do deputado estadual Carlos Eduardo Pignatari com o hospital. "Eles conquistam grandes verbas para o hospital. Também temos convênio dos funcionários com a Santa Casa. Por isso, fiz uma indicação ao provedor para que se contrate medico especialista em criança no Pronto Socorro, porque se tivesse, jamais teria acontecido o caso desagradável da criança", afirmou.
Meidão ressaltou que o mal atendimento foi da portaria do Pronto Socorro. "Falta
trabalho mais humano para as pessoas que conduzem. A Santa Casa não está preparada para ter um gerente que faz uma triagem para isso não acontecer. Jamais serei omisso nesta casa", disse.
O vereador Osvaldo Carvalho também repercutiu o assunto. "O caso foi uma fatalidade. Da porta para dentro, temos um bom trabalho. Vemos a mudança com a provedoria. Todos juntos podemos ajudar a resolver este problema. A Santa Casa já é referência em saúde. O auxílio virá com a aprovação da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) hoje [ontem]", falou.
O líder de governo e vereador, Silvio Carvalho, também deu a sua opinião. "Não
sabemos o tempo que a família levou de casa para o atendimento. Eu acho que a
situação é delicada. Poderia ter sido com qualquer um. A Santa Casa busca
aperfeiçoamento", concluiu.