Vanessa Costalonga
Após a morte do menino Breno Augusto Cardoso Guimarães, de 2 anos e meio, no último domingo, ter gerado críticas ao atendimento no Pronto-Socorro, por parte do vereador Meidão Kanso, presidente da Câmara Municipal, médicos e responsáveis pelo hospital explicaram o caso à imprensa.
Segundo o provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Liévana, o esclarecimento dos
fatos é muito importante. "Queremos deixar registrado que a Santa Casa vem aqui
esclarecer os fatos", falou abrindo o os dizeres.
O atendimento do hospital é movimentado e se compara aos grandes hospitais do país, segundo a coordenadora do Pronto Socorro, Lívia Rodrigues S. Fernandes. "O fluxo de atendimento e de acolhimento da Santa Casa é igual ao de grandes centros do país como preconiza o Ministério Público", afirmando que os protocolos exigidos são seguidos.
O médico Antônio Seba Júnior, um dos pediatras do corpo clínico do hospital, que
realizou o atendimento de Breno, se mostrou sensibilizado com a fatalidade. "Nossos corações também sofrem com essa perda. Cada vida que perdemos, um pouquinho de nós vai junto com ela", disse o especialista.
Segundo ele, o estado do menino era grave e irreversível. Ele contou que assim que encontrou Breno, percebeu rapidamente que se tratava de um caso gravíssimo. "O choque cardiogênico desencadeou um processo de cascata", explicou o especialista sobre a situação que encontrou o menino. O médico afirmou que todas as medidas tomadas de nada adiantariam, mediante as graves alterações que o organismo da criança já apresentava.
A assessoria do hospital afirmou que o atendimento ao menino foi complicado. "A
chegada da criança no Pronto Socorro com a família desencadeou uma situação de
estresse muito grande", informou quando questionado sobre o atendimento de
emergência. Alegando que o tempo não mudaria o estado grave de saúde em que
Breno já se encontrava. "Não foram 20 minutos, entre a chegada e o atendimento que fariam a diferença para reveter o quadro clínico do paciente".
O hospital defende ainda que todo e qualquer paciente que dá entrada no Pronto
Socorro tem direito de ser atendido pelo SUS., e que a Constituição Federal assegura este direito.
Salientou ainda que "quando o paciente ou acompanhante exige a presença de um
outro médico, que não está na escala de plantão do dia, é norma em todas as
instituições que o atendimento seja feito pela via particular".
Ainda de acordo com informações da assessoria da Santa Casa, antes da chegada do dr. Seba, os enfermeiros da triagem chamaram pelo menino Breno, mas o chamado não foi respondido. Supostamente seria o momento em que o avô se retirou em busca de um telefone público. Em um segundo momento ainda, o avô negou o chamado feito por um dos seguranças, porque pedia apenas a presença do Dr. Seba.