Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br

O provedor da Santa Casa de Votuporanga, Luiz Fernando Góes Liévana, ficará por mais dois anos no cargo. Para a eleição e posse dos novos membros do Conselho Administrativo, uma chapa única foi inscrita. "Vamos continuar o nosso trabalho. Não é hora de sair fora, neste momento de turbulência política e muito menos de entregar o cargo. A diretoria se reuniu e decidiu permanecer por mais dois anos", disse, em entrevista exclusiva ao jornal A Cidade.
Ele se refere às críticas com relação ao atendimento do Pronto Socorro, feitas pelo
presidente da Câmara Municipal, Mehde Meidão Slaiman Kanso, depois da morte do garotinho Breno Augusto Cardoso Guimarães, de 2 anos, depois de ser atendido no hospital.
Liévana afirmou ainda que houve algumas mudanças nos cargos, mas não entrou em detalhes. A eleição e posse serão no próximo dia 18, no auditório do Espaço Unifev Saúde, a partir das 19h30.
O entrevistado ressaltou que pretende continuar com o equilíbrio financeiro e a busca pela humanização. "Quero me aproximar e realizar um atendimento ainda mais humanizado no Pronto Socorro e na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Quando a unidade começar a funcionar, o hospital será desafogado. Faremos, inclusive, uma campanha de conscientização com relação ao atendimento na saúde, para que as pessoas entendam como irá funcionar e sejam bem conduzidas", destacou.
Meta que o provedor buscou desde o início de sua gestão. "Realizamos ações de
humanização dentro do hospital, trabalho que me ajudou profissionalmente e na vida particular", disse.
Ele citou algumas iniciativas, como ampliação dos horários de visita tanto da enfermaria quanto das unidades intensivas; implantação do projeto Santa Arte e Inovação em que as crianças filhas dos colaboradores recebem cursos de artes. "Também realizamos o dia do voluntário, buscando resgatar o trabalho solidário com os Doutores da Graça e Atos e Palhaços, a troca de poltronas para os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) e os eventos de saúde gratuitos para a população", emendou.
Liévana ressaltou que humanizar é capacitar. "Em 2010, foram realizadas 22 mil horas de treinamentos com os profissionais. "A meta foi cumprida. Eu não tinha experiência em saúde pública, mas sempre foquei a humanização, porque venho de uma família voltada para o trabalho voluntário na comunidade", afirmou.
O provedor também fez várias inaugurações como a lavanderia e o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Jales. "A primeira vez que nos encontramos com o secretário estadual de saúde, Luiz Roberto Barradas Barata (já falecido), e dissemos que éramos de Votuporanga, ele respondeu que não sabíamos lidar com a saúde.
Dissemos para Barata que investiríamos R$ 1 milhão no hospital. Depois de um ano, voltamos a procurá-lo. Diante do contato com o secretário, ele enxergou potencial existente e em 2007 nos presenteou com o primeiro AME do interior e agora temos de Santa Fé do Sul e de Jales", relembrou.