Da Redação
O número de casos de conjuntivite em Votuporanga saltou de 1.560 até a semana
passada para 5.161. Os números contabilizados pela Secretaria assustam, na última segunda-feira, foram diagnosticados 777 casos, na terça 725; já na quarta o número caiu para 491 e vem dimuindo. Na semana passada o total de contaminados pelo virus foi de 1.568.
E a cidade não foi a única onde os casos aumentaram de forma expressiva. Em Rio
Preto, os casos subiram de 1.005 até o dia 18 para 6.245 em uma semana. Mirassol, foram 750 novas ocorrências no intervalo de apenas sete dias - total de mil pessoas que já contraíram a inflamação na conjuntiva.
A conjuntivite pode ter três origens: alérgica, viral ou bacteriana e cada uma tem um tratamento específico, que deve ser orientado por um médico. Em entrevista à equipe Cidade de jornalismo, a secretária municipal de Sáude, Fabiana Parma, disse que o primeiro estágio da conjuntivite é viral e tem como sintomas os olhos vermelhos, líquido escorrendo, lacrimejante, fotofobia (dificuldade de ficar na claridade) desconforto ocular; podendo durar de sete a dez dias. A secretária alerta que a higiene é de suma importância. É preciso mante as mãos sempre bem lavadas e evitar o contato com os olhos é essencial.
Cuidados
A conjuntivite caracteriza-se por olhos avermelhados (hiperemia da conjuntiva),
lacrimejamento, pálpebras inchadas e avermelhadas, secreção esbranquiçada em pouca quantidade, sensação de areia nos olhos. São autolimitadas e com duração de aproximadamente 15 dias até a evolução para a cura.
Os agentes etiológicos virais mais comuns são os adenovirus e os enterovirus. Outros
diagnósticos menos freqüentes incluem conjuntivite viral herpética e conjuntivite por
molusco contagioso. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa principalmente por
objetos contaminados (equipamentos oftálmicos, toalhas, travesseiros, lenços, lápis, copos etc.), quando não são observados cuidados de higiene pessoal. Dissemina-se
rapidamente em ambiente fechado como escola, creche, escritório. Não existem
vacinas contra essa infecção.
Prevenção
Sugere-se o afastamento de pessoas com conjuntivite viral aguda dos ambientes
coletivos por pelo menos 7 dias. Recomenda-se cuidados de higiene pessoal, como lavar com freqüência as mãos e o rosto com água e sabão; evitar coçar os olhos; usar quando possível, lenços e toalhas descartáveis e/ou individuais; utilizar travesseiros individuais; evitar o uso de objetos (lápis, copos) de pessoas com conjuntivite; evitar atividades de grupo enquanto secreção ocular estiver presente, evitar freqüentar piscinas e uso de lentes de contato;realizar limpeza com água e sabão e posteriormente, com álcool 70% as superfícies que foram tocadas por pessoas com conjuntivite.
Todo o caso de conjuntivite deve ser encaminhado ao serviço de saúde para
diagnóstico e orientações quanto ao tratamento e controle da doença.
Meidas terapêuticas
• Compressas geladas com água fervida ou filtrada gelada, água destilada ou soro
fisiológico gelados, 3 – 4 vezes ao dia, durante 15 minutos, principalmente enquanto persistir sintomas;
• Utilização de colírios lágrimas artificiais (por exemplo: colírio de hipromelose), 1
gota em ambos os olhos de 4 a 6 vezes ao dia;
• Para melhorar o queixa de fotofobia (aumento de sensibilidade à luz) pode-se indicar a utilização de óculos de sol.
• Na eventual contaminação secundária bacteriana (conjuntivite bacteriana associada – secreção purulenta), consultar um médico para avaliar a necessidade de colírio de antibiótico de 2/2h.
• Não prescrever colírios de corticosteróides ou antibióticos sem indicação ou
acompanhamento especializado, pois podem levar a sérias complicações visuais;
• Na presença de redução da acuidade visual (infiltrados corneanos ou outras causas de olho vermelho) e/ou presença de membranas ou pseudomembranas referir o caso para médico oftalmologista.
• Sempre reforçar a importância da lavagem freqüente das mãos, evitar coçar os olhos para diminuição da irritação ocular, assim como todos os cuidados de higiene pessoal.