Andressa Aoki
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O presidente da Coreme (Comissão de Residência Médica) da Santa Casa e Unifev, Alexandre Henrique Parma, destacou que a renovação de conhecimento na área médica sempre deixa a desejar, em qualquer hospital. Mas que na contramão desta realidade, a instituição de Votuporanga ressalta a importância de qualificação médica. "A Residência Médica é a única e maior renovação de conhecimento. No começo, era para a faculdade de medicina, mas depois vimos o quanto que é importante para o hospital. A Santa Casa abraçou a ideia e apesar do aperto orçamentário da Unifev e da instituição, não arredaram o pé", disse ontem, durante o início das aulas da segunda turma do curso.
Ele frisou que há residentes de todo o país, como Bahia e Pará. "Não existe outra alternativa de renovação de conhecimento que o ensino. A grande maioria dificilmente se atualiza", emendou.
Parma lembrou que a ideia da Residência teve início na gestão de Nasser Marão Filho como provedor, mas so foi concretizada com Luiz Alberto Bressan. "O Torrinha [Luiz Fernando Goes Lievana] abraçou de forma fantástica, assim como Mário Bernardes e Nasser Gorayb. O Marcelo Casseb, o Marcelo Lourenço e o João Edson Agostinho também colaboraram para tudo virar realidade, assim como Elizabete Arroyo", enfatizou.
O presidente da Coreme afirmou que qualquer instituição busca três pilares: assistência, ensino e pesquisa. "A primeira executamos de maneira brilhante. Com relação a educação, buscamos a todo instante a renovação de conhecimento e a pesquisa, é o que falta, pois tem um custo elevado. É o que precisa para fortalecer como prestadora de serviços médicos", emendou.
A médica Lígia Maria Duarte Tellis, responsável pela Clínica Médica, disse que tanto os médicos como os residentes aprenderão juntos. "Estamos começando e esperamos que consigam o que estão buscando", ressaltou.
Já Antonio Seba Júnior, que coordena a especialidade em pediatria, também deu as boas- vindas para os novatos. O responsável por ginecologia e obstetrícia, Fernando Faria, contou que é o mais novo do grupo. "O que posso dizer é que a instituição me abraçou e que é prazeroso trabalhar aqui", complementou.
O provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Góes Lievana, pediu para que os residentes tenham humanização com os pacientes do hospital. "Quando Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, esteve em Votuporanga, ele falou sobre o envolvimento dos médicos, dos funcionários e dos diretores. Aqui tem calor humano", ressaltou. O presidente do Conselho Deliberativo, Nasser Gorayb, falou do esforço de todos para ter uma saúde diferenciada, que tem destaque nacional.
O reitor da Unifev, Marcelo Lourenço, enfatizou os 40 anos da faculdade e que o vínculo com a comunidade é grande. "Votuporanga é uma cidade educadora e humanizada. É uma cidade abençoada, que tem um brilho especial. Temos problemas como qualquer outro município com este porte, mas mesmo assim nos destacamos", afirmou. Em entrevista ao jornal A Cidade, ele contou que aguarda resposta do MEC (Ministério da Educação) com relação ao curso de medicina. "Eles visitaram as faculdades para verificar os serviços e estão analisando o nosso
pedido; A espera é positiva", complementou.
O administrador do hospital, Mário Bernardes, agradeceu o envolvimento do corpo clínico com as causas da Santa Casa, o que para ele, é um grande diferencial. Ele destacou que o hospital cuida dos AME´s (Ambulatório Médico de Especialidades) de Votuporanga, Jales e Santa Fé do Sul, além de auxiliar na gestão dos Consultórios Municipais.
"Em Ponta Porã, que é uma cidade com o mesmo porte de Votuporanga, não é a mesma coisa em questão de desenvolvimento. Aqui, as coisas acontecem", finalizou a residente Thaline Neves, de 23 anos.
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