Críticas com relação ao serviço de Pronto Atendimento da Santa Casa foram a tônica
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
O Pronto Socorro da Santa Casa de Votuporanga foi criticado durante a sessão extraordinária de ontem, na Câmara Municipal. Os vereadores aprovaram recursos para o hospital, mas ressaltaram que o atendimento precisa ser melhorado.
O projeto 10/2011, que foi aprovado por unanimidade, concede R$ 190 mil para a Apae; R$ 205 mil para a Fuvec (Fundação Votuporanguense de Educação e Cultura) e R$ 600 mil para a Santa Casa de Votuporanga.
Visando auxiliar ainda mais a Santa Casa, a Prefeitura irá firmar um convênio para a prestação ininterrupta de assistência médico-hospitalar e de pronto socorro a quem necessitar do município. A instituição enviará mensalmente relatório de atividades desenvolvidas. Pela prestação de serviço, será paga a conveniada R$ 260 mil.
O presidente da Câmara Municipal, Mehde Meidão Slaiman Kanso, repercutiu a reunião do Ministério Público com os prefeitos da região. "Achei um absurdo obrigar a pagar pelos atendimentos. Sabemos que a Santa Casa é um hospital regional e é obrigada a atender 15 cidades, porque recebe verba do SUS [Sistema Único de Saúde], tanto dos governos federal como estadual, para isso", ressaltou.
Para Meidão, o que falta na saúde pública é fiscalização. "Tanto da parte do prefeito [Nasser Marão Filho] como da Secretaria de Saúde. Os postinhos atendem mal e acabam levando os pacientes para o Pronto Socorro. Quem paga mal, paga duas vezes. Se a Secretaria não fiscaliza nem as unidades básicas, como que fará com a Santa Casa?", questionou.
Ele também falou com relação ao envolvimento dos promotores José Vieira e Eduardo Boiati. "Não podem impedir o atendimento porque o SUS paga para isso. Temos pacientes para o Hospital de Câncer de Barretos e na administração passada, não pagávamos nada para a instituição. Mesmo assim, nunca parou de atender. Nunca vi ninguém se manisfestar para obrigar o prefeito a cumprir a responsabilidade do hospital", enfatizou.
Já o vereador Emerson Pereira ressaltou que por várias vezes foi chamado por moradores que não recebiam atendimento no hospital. "Não está bom, o plantão é realizado por um médico. É um descaso com a população votuporanguense e região. Vamos cobrar melhor atendimento", enfatizou.
Osvaldo Carvalho da Silva disse que os municípios não reconhecem o trabalho do hospital e que por várias vezes, recebeu ligações de pessoas que passam horas esperando atendimento no Pronto Socorro. "Vamos marcar uma reunião com a provedoria para pedir providências. Somos também os responsáveis pela fiscalização de recursos públicos", emendou.
Osvaldo contou que muitas cidades concede os finais de semana para os médicos, o que sobecarrega o Pronto Socorro de Votuporanga. "Sou favorável a uma discussão", complementou.
O vereador José Antônio Pereira dos Santos, o Colinha, afirmou que no último final de semana, uma criança ficou uma hora e meia para ser atendida. "Acredito que para sextas, sábados e domingos é preciso no mínimo de três médicos", opinou.
O vereador e líder de governo Silvio Carvalho de Souza destacou que a administração municipal busca solucionar os problemas e fazer investimentos. "Estamos melhorando o atendimento dos postinhos, mas ainda há dificuldades com relação ao Pronto Socorro. Com o projeto, a Prefeitura repassa R$ 260 mil para o serviço de pronto atendimento até abril, quando estará em funcionamento a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O Pronto Socorro será fiscalizado pela Secretaria de Saúde", afirmou.
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