Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br

A Incubadora de Negócios já não é mais a mesma em Votuporanga. Depois de seus dias de glória, com o espaço lotado de novos investidores na cidade, agora o prédio localizado na avenida Domingos Pignatari, é sede de apenas duas empresas: Bravo Bureau Modelagens e Uniformes Votuporanga e da cooperativa Coapinsp (Cooperativa Agropecuária, Apicultores da Região Noroeste de São Paulo).
O gerente da Incubadora, Paulo Sérgio Ferreira, explicou que não há demanda de empresas. "O rompimento do convênio com o Sebrae [Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas] foi em abril do ano passado. Sem a consultoria fornecida, o interesse dos investidores acabou", disse.
Paulo afirmou que a ruptura ocorreu por conta de uma ação trabalhista de São Paulo que proibiu o tipo de contratação que o órgão realizava. "Eles entenderam que não podiam fazer repasses dos recursos do jeito que estava acontecendo e condenou que estavam burlando a lei. Era o Sebrae que prestava a consultoria e pagava o gerenciamento", emendou.
Ele enfatizou que os que tinham contrato com a Incubadora foram saindo, ficando apenas as três sobreviventes. "Há prazo no contrato. Tanto da Coapinsp como a do Uniformes já venceram. A Bravo pediu para permanecer até o dia 15, porque terá prédio próprio", destacou.
Já a Coapinsp possui um projeto para sua sede. No começo do ano, o deputado federal João Dado foi o autor de uma emenda parlamentar no valor de R$ 200 mil para a construção da sede própria, que será no 5º Distrito. A obra contará também com uma contrapartida da Prefeitura.
Segundo Paulo, a Uniformes Votuporanga está preparando um plano de negócios para pleitear vaga no Espaço Empresarial. "Ninguém é excluído do processo, mas o conceito é diferente. A empresa do Espaço paga um valor com as despesas de custo embutido e na Incubadora os gastos são divididos. A preocupação é com a geração de empregos e renda, enquanto que na segunda é oferecer apoio aos novos investidores", ressaltou.
O gerente frisou que a Prefeitura não tem iniciativa de fechar o local. "As despesas operacionais são rateadas entre as empresas. Se diminui a quantidade, o valor sobe. Fizemos uma reunião com os incubados para pensar na melhor alternativa", complementou.

O histórico
Inaugurada oficialmente em 5 de agosto de 2.005, a então Incubadora de Agronegócios de Votuporanga, foi fundada para estimular e apoiar a criação e o desenvolvimento de micro e pequenos empreendimentos voltados ao fortalecimento das cadeias produtivas do agronegócios, através de programas estruturados que garantissem a melhoria da qualidade e da competitividade dos produtos de empresas ou grupos de produtores agroindustriais atendidos.
A incubadora foi projetada para incubar empresas nos modos residentes (ocupam espaços físicos na incubadora) e não residentes (não necessitam do espaço físico, apenas dos serviços), estabelecidos em função das características do processo/negócio.
Já no primeiro ano de existência, e impulsionado pela demanda de empresários de outros setores da economia, os gestores decidiram abrir o leque de atendimento transformando-a em incubadora mista, dessa forma, transformou-se em Incubadora de Empresas de Votuporanga.
Em seu segundo ano teve sua capacidade de atendimento de empresas residentes totalmente tomadas, sendo necessária inclusive a adequação de espaços para a construção de mais duas salas para sediar novas empresas.

Leia na íntegra a versão online