Andressa Aoki
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Com o ano começando, as promessas de manter uma vida equilibrada e com a prática de exercícios físicos ficam ainda mais fortes. Pessoas se matriculam em academias para conquistar o corpo perfeito ou ganhar qualidade de vida. Outras, utilizam os aparelhos das academias ao ar livre implantadas em Votuporanga (no Jardim Marin, Parque Residencial Friosi e Parque das Nações) para se exercitarem. Até aí, tudo bem. O problema é quando a prática de atividades físicas não está sendo acompanhada por um profissional.
O professor de Educação Física, José Augusto Honorato Vieira Júnior, desenvolveu uma pesquisa no município para averiguar como os usuários estão realizando os exercícios nas academias ao ar livre. E o resultado foi preocupante: a maioria das pessoas não possui acompanhamento. "Conheci um grupo que frequentava, mas que me confidenciou que não tinha orientação médica", disse, em entrevista exclusiva, para o jornal A Cidade.
Em busca de rever a situação, ele apresentará amanhã o projeto "Inserção de profissionais em Educação Física nas academias ao ar livre de Votuporanga" para o prefeito Nasser Marão Filho. Ele estará acompanhado do vereador Emerson Pereira, que já enviou um anteprojeto sobre o assunto para o Poder Executivo. "A intenção é melhorar o acesso à saúde e trazer benefício à vida das pessoas", explicou.
A ideia é disponibilizar profissionais pela manhã (das 6 às 9h30) e pela tarde (das 17 às 20h30) nos locais. Para atender o projeto, a princípio, seriam necessários dois professores de Educação Física e três estagiários para cada praça. "O atendimento seria individual", emendou.
José Augusto destacou que o trabalho seria multidisciplinar. "Buscaríamos parceria com a Secretaria de Esportes, que supervisionaria as atividades. A pasta de Saúde faria a avaliação clínica junto ao programa Saúde da Família, analisando a necessidade e o objetivo de cada cidadão. A Secretaria Estadual de Saúde juntamente com o AME [Ambulatório Médico de Especialidades] poderia realizar exames cardiovasculares para saber quais são os limites destes indivíduos", disse. Caberia à Unifev, ceder os estagiários e colaborar com as Clínicas de Fisioterapia e de Nutrição.
O professor ressaltou que as cidades de Nova Odessa e Pinhais, ambas em São Paulo, possuem academias com acompanhamento de profissionais. Votuporanga se basearia no primeiro município, que de acordo com o entrevistado, os usuários recebem orientação mais plena. Em contato com as Prefeituras, ele soube como se mantêm os projetos. "O programa "Mais Saúde: direito de todos", do Ministério da Saúde, visa a promoção e o bem estar. Por estar inserida na proposta, Nova Odessa recebe verba de R$ 35 mil, que custeia a iniciativa e também ajuda na aquisição de equipamentos. O sucesso foi tão grande, que atualmente, a cidade ganha R$ 70 mil", enfatizou.
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