Andressa Aoki
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O programa Área Azul terá, a partir de amanhã,  disponibilizado o serviço para maiores de 18 anos e não mais na faixa etária dos 16 aos 18 anos. Para a vice-presidente do Centro Social, Bader Lorente, a medida amplia a abrangência de assistidos do Dafic (Departamento de Apoio, Formação e Integração com a Comunidade). "Sempre atendemos a criança, o adolescente e a família, com o intuito de realizar promoção humana e resgate da cidadania, por meio da formação, acompanhamento e capacitação para o trabalho. Por conta de exigências legais e sociais, estamos mudando o foco com relação a idade", explicou, para o jornal A Cidade.
Bader destacou que o trabalho da instituição começa com crianças de 6 anos até 15, depois para os jovens até 18. "Conversamos com a família. Os que estão em vulnerabilidade, vão para o Dafic para serem inseridos no mercado de trabalho. A Área Azul fazia parte do Centro Social, mas agora passa a ser um projeto autônomo", disse.
A vice-presidente ressaltou que a preocupação em mudar a faixa etária foi com relação a dar continuidade na assistência. "Alguns não conseguiam emprego e com 18 anos, saiam do Dafic. Não podemos soltar para a rua. Vamos continuar formando. Eles vão para a Área Azul e passarão por várias transformações até serem inseridos no mercado de trabalho", emendou.
Ela afirmou ainda que a transição será feita aos poucos e que em no máximo, seis meses será concluída. "Faremos uma captação de vagas, inclusive faço um apelo para a comunidade para que contrate os nossos menores", enfatizou.
Os novos assistidos estão recebendo curso de formação para se prepararem para a Área Azul. "Ofereceremos capacitações em parceria com a Unifev, Bit Company e CTMO", complementou. Bader disse ainda que os maiores de 18 anos terão todos os direitos trabalhistas assegurados (salário de R$ 625,30, cesta básica, café-da-manhã e almoço, além de seguro de vida). Eles trabalharão 44 horas semanais.
A psicológa Dulcimar Guerche assegurou que os menores serão remanejados para outros setores. "Não deixaremos que fiquem sem trabalho", emendou. As vagas estão abertas e os interessados podem enviar currículos para a entidade. "Iremos selecionar pelo perfil socioeconômico e pela questão da vulnerabilidade. Não levaremos em conta só o fato de estarem desempregados, mas se têm ou não condição de conseguir um emprego", explicou a gerente Camila Vasconcelos.

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