Andressa Aoki
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As obras da duplicação da rodovia Euclides da Cunha (SP-320) continuam indefinidas. Mudou o ano, mas as situações que envolvem a obra são as mesmas. Segundo fontes ligadas a uma das empreiteiras vencedoras — Constroeste, Conter, Serveng/S.A.Paulista e Bandeirantes —, a duplicação ainda não aconteceu porque depende da entrega de projetos executivos e de desapropriações de terras para o início dos trabalhos. "As empresas não receberam os documentos para ter detalhes das construções de viadutos, por exemplo", disse em entrevista exclusiva ao jornal A Cidade.
A fonte não quis ser identificada mas contou que participou de uma reunião no DER (Departamento de Estradas de Rodagem) na última quarta-feira. Segundo ela, não tem previsão de início das obras. "Prometeram que ia começar em outubro com a vinda do então governador Alberto Goldman em Votuporanga e já estamos quase em fevereiro e nada", afirmou.
Com relação aos canteiros de obras, o entrevistado destacou que as empreiteiras já estão com terrenos para iniciar as montagens. "Alugam e desalugam os imóveis, preocupados com a duplicação", emendou.
Ele ressaltou que falta um decreto de desapropriação de terrenos em toda a extensão da rodovia, principalmente próximos aos trevos. Os proprietários de áreas às margens da Euclides da Cunha, que deverão ser afetadas com a duplicação, deveriam assinar a autorização para que o DER efetue os levantamentos e medições necessárias. Na época, o Governo do Estado assegurou que a desapropriação seguirá valor de mercado, com a avaliação das áreas sendo
feitas junto a, pelo menos, três imobiliárias da cidade e mais os técnicos da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
O trecho entre Cosmorama e Votuporanga será feito pela construtora Conter, num custo de R$ 92,7 milhões; de Votuporanga a Fernandópolis, totalizando R$ 87,2 milhões e entre os municípios de Estrela d'Oeste e Urânia avaliada em R$ 101,6 milhões.
Na Euclides da Cunha, Em Votuporanga, está prevista a construçção de seis dispositivos: Trevo no Distrito de Simonsen localizado entre os quilômetros 510 e 511; Retorno entre Simonsen e o viaduto “Nelson Camargo”, localizado entre os quilômetros 512 e 513; Alça de acesso e passarela para pedestres em frente à Cidade Universitária da Unifev, entre os quilômetros 518 e 519; Travessia ligando a avenida Wilson de Souza Foz à avenida Cesp, na Zona Norte da cidade, localizada entre os quilômetros 520 e 521 e prolongamento da marginal Nasser Marão; Trevo no cruzamento com a rodovia Péricles Belini, localizado entre os
quilômetros 521 e 522; e retorno próximo ao Pampa Ville, localizado entre os quilômetros 524 e 525.
Para a rodovia Péricles Belini estão previstos mais três dispositivos: Travessia que liga a avenida das Nações ao 2º Distrito Industrial, localizada no quilômetro 126; Trevo que liga o bairro Chácara das Paineiras (Rua Vitório Albarello) à estrada vicinal “Nelson Bolotário”, conhecida como “Subida da Morte“ (sentido Valentim Gentil), localizado no quilômetro 125; e trevo que liga a avenida Onofre de Paula ao Residencial Noroeste, localizado no quilômetro 124.
Redução de velocidade
A redução de velocidade na rodovia surpreendeu até mesmo as empreiteiras envolvidas. Segundo a fonte que concedeu entrevista à reportagem, as novas regras de limite de velocidade seriam cabíveis enquanto estivessem acontecendo as obras. "Diante do atraso das obras, por que a redução? O usuário tem todo o direito de reclamar", enfatizou.
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