Da Redação
A dermatologista Ana Paula Marthos realizou na última quarta-feira um treinamento para médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem da rede pública para falar sobre a hanseníase.
O encontro aconteceu em virtude da Semana Municipal de Luta contra a Hanseníase, que ocorrerá de 24 a 28 de janeiro. Na ocasião, os profissionais tiraram dúvidas, receberam orientações de como trabalhar com esses casos nas Unidades e como encaminhá-los para o atendimento específico.
Durante o treinamento, a médica citou as mulheres grávidas que possuem a doença e disse que o tratamento não deve ser interrompido mesmo nestes casos. “O bacilo não é transmitido ao feto pela placenta”, acrescentou a médica.
Segundo Ana Paula, a doença tem cura e os medicamentos são fornecidos gratuitamente aos pacientes, que são acompanhados durante todo o tratamento, que varia de seis a 12 meses.
Mais informações sobre a Hanseníase podem ser encontradas no SAE pelo telefone 3405- 1584.
Entre os dias 24 e 28 as Unidades Básicas de Saúde e as Unidades de Saúde da Família estarão orientando sobre a doença e realizarão exames dermatoneurológicos de suspeitos.
Além das atividades desenvolvidas dentro das Unidades, os agentes comunitários de saúde trabalharão nas ruas fazendo a busca ativa e distribuindo panfletos.
Na Unidade Básica de Saúde “Joaquim Belarmino Vieira”, situada no distrito de Simonsen, o atendimento acontecerá nos dias 22 e 23 de janeiro pela equipe do SAE. E no dia 21, sexta- feira, uma funcionária do SAE estará na Vila Carvalho, orientando os pacientes e tirando dúvidas.
O que é?
A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria (bacilo) que atinge a pele e os nervos. A forma de contágio mais comum da doença é de pessoa para pessoa, pela via aérea, por pessoas infectadas e que não estejam em tratamento. Ao falar, tossir ou espirrar, o portador da hanseníase pode expelir a bactéria.
Quais os sintomas?
Surgem manchas brancas ou placas avermelhadas na pele, com clara alteração na sensibilidade ao calor e ao frio, ou seja, no local das manchas não se sente dor. Há ainda sensação de queimação e de dormência, formigamentos nas mãos e pés, caroços ou inchaços na orelha e no rosto. O que muita gente não sabe é que a doença tem cura. Com o diagnóstico rápido, as possibilidades de cura sem seqüelas são grandes.
Como tratar?
O tratamento é feito facilmente com coquetéis de antibióticos. São três comprimidos, durante seis meses a um ano, dependendo da quantidade de bacilos e lesões que exista no paciente.
Desde a primeira dose do tratamento elimina-se, em média, 90% da carga de bacilo causador da doença. Com isso, reduz-se consideravelmente a possibilidade de transmissão da doença. É importante que a medicação não seja interrompida nem mesmo com a melhora dos sintomas.
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