Limpeza, creche, posto de saúde e pontilhão sobre a ferrovia são algumas das reivindicações
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Quem percorre nas ruas do bairro Sonho Meu, nota que é um bairro novo. Com quatro anos e cinco meses de existência, o local transmite a imagem de cidade do interior, com moradores conversando na calçada e ruas recém-asfaltadas. Mas nem tudo é como parece.
A pedido de moradores, a reportagem foi até o bairro para checar como anda a situação do local. Avenida sem lâmpadas, entulhos e terrenos sem calçada são algumas das providências a serem tomadas.
São tantas reivindicações que para o membro da Associação de Moradores do Bairro, Marcílio Lopes, o bairro está esquecido. Mas nenhuma expõe os cidadãos como a passagem da linha férrea. "O prefeito [Nasser Marão Filho] prometeu uma passarela e até agora nada. Todo mundo passa pela linha de trem. Inclusive, teve uma mulher que desmaiou em cima da ferrovia e quase que a locomotiva a pegou", disse.
Lopes contou que diariamente pessoas transitam no local, inclusive crianças que vão para a creche, que fica localizada no Jardim das Palmeiras I. "É um perigo", afirmou. O assessor do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Frederico Augusto de Oliveira Dias (Fred), esteve em Votuporanga duas vezes, com o prefeito e assinou o acordo para a abertura do processo licitatório para o projeto. Mas, até agora, nada saiu do papel.
A proposta é de se construir duas transposições — uma na Estrada do 27 (Vicinal Adriano Pedro Assi) e outra no final da avenida República do Líbano. O projeto, de acordo com o assessor do DNIT, deve ficar em torno de R$ 300 mil e a obra, que deve custar mais de R$ 10 milhões. No primeiro momento, essa obra iria ajudar principalmente as pessoas que moram no entorno da linha férrea, como os moradores do Conjunto Habitacional Sonho Meu e Jardim das Palmeiras II.
Os moradores também lutam por creche e posto de saúde no bairro. "Tem muita mãe que trabalha e depende de creche, mas leva para outros bairros porque aqui não há. Posto de saúde também é uma prioridade porque somos atendidos no Palmeiras I e é marcada guia para depois de um mês. O bairro está esquecido", emendou. Ele destacou que já procurou o vereador Emerson Pereira, que teria dito que está conversando com a Prefeitura.
Além de projetos a longo prazo, os cidadãos precisam de questões pontuais como a colocação de lâmpadas em quatro postes da avenida Projetada 1. Há três dias, foram quebradas e não houve troca. Eles também reivindicam varrição das ruas.
Lopes fez uma observação com relação a terrenos. "A Prefeitura multa terrenos sem calçadas, mas não resolve os que possui. Além disso, tem muito mato nas calçadas e eles não resolvem, sem contar nos entulhos", afirmou.
Os moradores também apontaram que é preciso cobrir o ponto de ônibus. "Os horários têm que ser em maior quantidade. Só passa ônibus das 6h30 às 11 horas", finalizou.
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