Peritos refizeram os detalhes da cena do crime na presença do possível autor do disparo
Jociano Garofolo
A Polícia Civil e a Polícia Científica realizaram ontem às 16 horas a reconstituição dos fatos que levaram à morte de Caio de Araújo Santana, de 20 anos, com um tiro na cabeça em outubro, de acordo com a versão de Renato de Assis Horácio, de 18 anos, amigo da vítima, que confessou ter disparado acidentalmente a arma após uma brincadeira conhecida como roleta- russa.
O procedimento aconteceu em uma residência (local do crime) na rua Miguel Andreu, na bairro Palmeiras I e foi acompanhando e supervisionado pelo delegado da Dig (Delegacia de Investigações Gerais), João Donizeti Rossini, que deve concluir o inquérito sobre a causa da morte nos próximos dias. Estiveram presentes também os advogados de Renato, Silvânio Hortêncio Pirani e Marcus Antônio Gianezi.
Renato deu aos peritos detalhes precisos sobre como, após a roleta russa, ele acreditando que a arma estivesse sem munição, mirou e atirou na nuca de Caio. O suposto autor também deu detalhes sobre o socorro ao amigo e refez passo-a-passo do crime, que segundo ele, aconteceu sem nenhuma intenção ou culpa.
Em entrevista ao Jornal A Cidade, o advogado Silvânio Hortêncio Pirani disse acreditar que seu cliente deverá ser denunciado por homicídio doloso, ou seja, quando há a intenção de matar, mas pretende provar em juízo que o próprio Caio disse a Renato que a arma estava descarregada e que o disparo só foi feito por acreditar que não iria ferir o amigo.
Segundo o advogado, o tiro aconteceu de maneira não intencional. Para Pirani, Renato poderia ficar calado e não se prejudicar, já que as investigações da primeira versão (que dizia que Caio teria sido morto por um indivíduo desconhecido) não o incriminavam, mas pretende estabelecer a defesa provando que Caio e Renato eram amigos e não havia motivo algum para que o crime fosse consumado, e o que houve na verdade foi um acidente.
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