Prefeitos, vereadores e lideranças de cidades da região pediram ao diretor do Deinter aumento de contigente
J.L.Pavam
pavam@acidadevotuporanga.com.br
Em audiência pública realizada ontem à tarde na Câmara Municipal, prefeitos, vereadores e lideranças de diversos municípios da região cobraram mais policiais civis ao diretor do Deinter 5 (Departamento Regional de Polícia), Antonio Mestre Júnior. Algumas estão funcionando em situação precária, com dois ou três funcionários nas delegacias, como é o caso de Valentim Gentil, que, além do delegado, tem apenas mais dois policiais. O delegado de Cosmorama, Elízio Aparecido Ferreira, por exemplo, atende três cidades, além do plantão policial.
Outros dois prefeitos que foram reclamar e reivindicar são os de Cardoso, João da Brahma de Oliveira da Silva, e o de Riolândia, Sávio Nogueira Franco Neto. O delegado seccional, Celso Reis Bento, esclareceu que as duas cidades têm prioridade, pois ficam na fronteira com Minas Gerais e, Riolândia, ainda tem uma penitenciária com mais mil presidiários e tem uma outra em construção.
Entre as diversas reivindicações, a presidente da Câmara de Valentim, Marlene Ribeiro Louzada Marin, entregou um ofício a Mestrinho cobrando rapidez para aumentar o contingente policial da cidade. O presidente do Conseg (Conselho de Segurança Comunitário), José Francisco Breviglieri, afirmou que a região já chegou a ter 328 policiais e hoje tem apenas 220.
Diante da situação calamitosa desenhada pelos participantes da audiência, o presidente da Câmara de Votuporanga, Osvaldo Carvalho, propôs que seja feito um manifesto para ser entregue ao futuro governador, Geraldo Alckmin, cobrando melhores salários para os policiais, que hoje estão com seus vencimentos defasados e a abertura de concursos para policiais em todas as áreas.
Mestrinho
O diretor do Deinter 5 também fez uma proposta. Para ele, é preciso que os prefeitos e vereadores, "no exercício do mandato que lhes foi conferido pelo voto popular, que os senhores possam interpelar os deputados e estes, por sua vez, cobrem do governador do Estado".
Mestrinho disse que o contingente foi se reduzindo por conta de aposentadorias e afastamentos para tratamento de saúde. "E ainda não foi possível repor. Votuporanga, por exemplo, tem oito vagas, mas apenas seis candidatos foram aprovados, portanto ainda temos duas em aberto".
Para ele, o elevado índice de criminalidade registrado na região ultimamente deve-se a um surto, "é pontual". Parabenizou o trabalho das duas delegacias especializadas de Votuporanga DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes). "São as duas que apresentam os melhores índices de solução de casos em todo o Estado de São Paulo".
Para Mestrinho, "é preciso ter coragem de admitir os erros. E a administração errou. É hora de repensar o serviço público, a importância do servidor público para o Estado. É hora de vermos que a polícia não significa prejuízo e sim investimento, porque onde reina a ordem pública, há liberdade. E o Estado de São Paulo vem conseguindo manter a ordem pública".
Com um discurso enfático, disse que "precisamos sensibilizar aqueles que têm a caneta prata liberar os recursos para a segurança pública. A segurança é a base de tudo". De acordo com Mestrinho, o governo investiu quase R$ 7 milhões em comunicação digital, o que vai facilitar muito para o setor.
A mesa principal foi formada por Mestrinho, Celso Reis Bento, Osvaldo Carvalho da Silva, os prefeitos João da Brahma, Sávio Neto, Antonio Edvaldo Papini (Cosmorama), Leonardo Barbosa de Melo (Magda) e Valter Benedito Pereira (em exercício de Votuporanga), além do assessor de gabinete Pedro Stefanelli Filho e Breviglieri.
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