Andressa Aoki
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O quarteirão da canalização e urbanização do Córrego Marinheirinho do bairro Santa Amélia chama a atenção dos moradores. O local, que tinha tudo para chamar atenção pelo tamanho e pelo projeto paisagístico, está aparentemente abandonado.
O morador do bairro, Julimar Barbosa Santana, está indignado com a situação. "A grama não pegou porque foi plantada na seca, ainda tem passarela e calçada para fazer. Faz três meses que a obra está abandonada", disse.
Ele afirmou ainda que o bueiro está quebrando e a água está empossada no campinho que seria de futebol. "A trave caiu porque era mau soldada. O material era de má qualidade", destacou.
Mas não é este apenas o problema no campinho. "As crianças brincam lá em um lugar que está começando a assorear. Para mim, a obra caracteriza mau uso do dinheiro público e abandono", ressaltou.
Os materiais de construção continuam na calçada. "A obra começou na época do ex-prefeito Carlão [Carlos Eduardo Pignatari] e contempla praça, campo de futebol, bastante coisas, incluindo a canalização do Córrego", enfatizou.
O investimento é  de R$ 2.173.912,90 com recursos do Governo Federal e da Prefeitura. "A canalização já foi anunciada duas vezes pelo prefeito. Mas há três meses, não há movimentação nesta obra. Ela não tem acabamento. Quando li no jornal A Cidade que o prefeito vistoriou a obra de avião, só se for de outra cidade", emendou.
Em agosto, em comemoração aos 73 anos da cidade, o prefeito Nasser Marão Filho visitou o local. "Era uma grande erosão que está se transformando. Será um grande parque, uma área imensa. Plantamos R$ 100 mil em vegetação. Iríamos inaugurar neste mês, mas preferimos esperar o final do ano por conta das chuvas que deixarão o local verde. A região tinha uma favela. Construimos casas que serão entregues no final do mês, as famílias já foram alojadas", ressaltou.

Prefeitura
A Secretaria de Obras e Habitação informou ontem à tarde que as obras de canalização no Jardim Santa Amélia já atingiram seu estágio final, restando apenas o assentamento do piso (bloquetes), bem como o projeto de paisagismo, que compreende o plantio de grama e árvores ornamentais, além de pequenos arremates nas obras civis realizadas. O trabalho de paisagismo havia sido iniciado, mas teve de ser suspenso devido às condições climáticas desfavoráveis, uma vez que a grama não estava resistindo às chuvas intensas. Agora, com a primavera, as
obras serão retomadas no mais tardar na próxima segunda-feira, com previsão máxima de conclusão de 30 dias.

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