Andressa Aoki
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A semana que se inicia começa com movimentação no Espaço Empresarial “David Mendonça Pontes”. Aos poucos, as indústrias Trik Trik, Pic nim e Borda Mais estão se instalando na incubadora. Amanhã, serão feitas instalações elétricas nos boxes que receberam empreendimentos na área de confecção e de bordado industrial, respectivamente.
Lúcia Helena Gonzales é a proprietária da Trik Trik. Ela que está há 18 anos no ramo de confecção adulta, viu no Espaço Empresarial, uma oportunidade de mão-de-obra qualificada. "Recebi um e-mail falando sobre o local e me interessei", disse. Precavida, Lúcia está de olho no mercado. "Para este ano, ainda não defini nada. Estou analisando o que está acontecendo para investir", emendou.
A empresa é de Nhandeara, mas tem sua produção terceirizada em Votuporanga, Auriflama e Macaubal. "O intuito é juntar os profissionais em um só lugar", destacou. Ela já possui oficinas em Auriflama, General Salgado e Ida Holanda.
A empreendedora ressaltou que há uma carência grande no ramo de confecção. "Várias vezes tive que perder venda porque a minha produção estava sobrecarregada e não conseguia mais pessoas para uma nova equipe, mesmo sabendo do interesse do cliente", complementou. A empresa dela produz de 25 a 30 mil peças por mês e prevê a contratação de 19 costureiras.
O espírito empreendedor é de família. Lúcia é irmã de Maria Cristina Gonzales, dona da Pic nim. Maria Cristina irá empregar 11 costureiras e 1 encarregada. "As empresas estão aguardando a formação de mão-de-obra para iniciar os trabalhos na incubadora", disse o gerente do Espaço Empresarial, Paulo Sérgio Ferreira da Silva. Em parceria com o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), o curso de modelagem e com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial] e o de costura básica e de informática, terminam em duas semanas. Segundo Paulo, já foram feitas 260 inscrições para o ano que vem.
Ele contou que a capacitação é voltada para a parte prática. "Queremos mostrar como funciona a linha de produção industrial. Elas recebem material de empresa para saber o que deve ser feito. Os treinamentos são para mostrar trabalho de equipe, produtividade. Tudo faz parte da qualificação", enfatizou.
O gerente ressaltou que ainda tem quatro boxes para outras indústrias. "Damos preferência para o ramo de confecção, mas também analisamos outros setores. O importante é que o empreendimento não faça poeira para não conflitar com as roupas", disse. As empresas desenvolvidas com ao apoio do Espaço Empresarial terão à disposição um box de uso privativo e contarão com apoio gerencial, infraestrutura de uso comum, compreendendo serviços de recepção, secretaria, fax, acesso à internet, sala para reuniões, sanitários, segurança e limpeza das áreas comuns.
Os interessados devem entregar o plano de negócio e fazer o orçamento. O Conselho Deliberativo do Espaço Empresarial se reúne para deliberar sobre o assunto. "Uma série de empresários está entregando seus documentos", afirmou.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Diogo Mendes Vicentini, o Espaço Empresarial é um polo de confecção. "Temos diversas empresas que estão precisando de mão-de-obra capacitada. Este é o diferencial do projeto que é pioneiro em São Paulo", ressaltou.
Lavanderia
O gerente do Espaço Empresarial contou que no dia 6 de dezembro terá início o curso de lavanderia, oferecido para hotéis, motéis, bufês e hospitais. A capacitação segue até o dia 16.
"O Espaço possui uma lavanderia industrial e queremos formar mão-de-obra qualificada. Os empresários demonstraram interesse", finalizou.
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