O vereador Emerson Pereira utilizou a tribuna na última sessão ordinária para falar sobre o caso
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Depois dos conselheiros de Votuporanga manifestarem ser favoráveis ao Conselho Tutelar de Fernadópolis em conjunto com a Vara da Infância e Juventude sobre o acompanhamento de uma mãe à filha adolescente de 14 anos na sala de aula, mais uma pessoa engrossou o coro de quem dizem sim a estas medidas no município.
O vereador Emerson Pereira utilizou a tribuna na última sessão ordinária para falar sobre o caso. Ele utilizou como referência a reportagem veiculada no último domingo, na qual os conselheiros tutelares admitiram que se houver a necessidade e se for em comum acordo com o juiz da Vara da Infância e da Juventude, José Manuel Ferreira Filho, a medida pode sim acontecer em Votuporanga. Segundo eles, a ação é sustentada pelos artigos 54, 55 e 56 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que diz que os pais ou o responsável têm a obrigação de matricular seus filhos na rede regular de ensino e que os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental devem comunicar ao Conselho Tutelar os casos de reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar. "Quero manifestar meu apoio aos conselheiros de Votuporanga. Fernandópolis tem medida juntamente com o Judiciário daquela cidade, para as crianças que não vão às escolas (evasão escolar). O juiz obriga os pais a acompanharem os filhos na sala de aula. Quando li a matéria e fiquei sabendo da decisão judiciária e dos conselheiros de Fernandópolis, confesso a vocês que fiquei feliz e que sou favorável às medidas aplicadas", destacou.
Emerson ressaltou que foi conselheiro tutelar em Votuporanga. "Vejo a extrema necessidade de serem adotadas em Votuporanga várias medidas pelo Judiciário. Vi que medidas rápidas e sérias também têm que ser tomadas", emendou.
O vereador contou que meses atrás entrou com uma indicação para que o juiz da Vara da Infância e da Juventude implantasse o toque de recolher escolar no município. "Não tivemos nenhum retorno. Eu acho também que Votuporanga deveria implantar até o toque de recolher, porque em contato com os conselheiros de Fernandópolis, eles falaram que a cidade melhorou 70%. Saindo à noite, nos deparamos com adolescentes ingerindo bebidas alcoólicas e caindo na prostituição e nas drogas. Isso é preocupante, porque este vereador sempre que anda nos
vários pontos da cidade e por ter passado no Conselho Tutelar é cobrado por diversos pais que falam que pedem debate na Câmara", acrescentou.
Ele cobrou providências. "Eu gostaria de deixar bem claro que essas medidas são de extrema importância e que salvam vidas de amanhã. É triste quando um pai diz que não sabe mais o que fazer com os filhos que estão na prostituição e a gente fica com as mãos atadas. Gostaria, senhor presidente, que enviasse para o Juizado de Infância e da Juventude, que providencie uma reunião nesta casa, com dirigentes escolares, conselheiros tutelares, com público interessado e que se faça uma audiência pública para debater sobre os adolescentes e que o juiz possa manifestar sua posição, não deixando vereador e pais de mãos atadas", concluiu.
Saúde de moradora
Emerson discorreu ainda sobre um problema grave que atravessa uma moradora de Votuporanga. Ele contou a história da senhora Mara Sabugari, que atravessa sérios problemas de saúde e necessita do apoio do poder público para tratamento em uma clínica especializada.
O vereador encaminhou um ofício ao prefeito Nasser Marão Filho pedindo para que intervenha na busca de uma vaga para tratamento de saúde desta moradora, na Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, ou da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, para que essas unidades de saúde disponibilizem uma vaga para o atendimento desta moradora.
A moradora é tetraplégica e acamada há pelo menos nove anos e não estaria conseguindo ser atendida por nenhum médico ortopedista da rede municipal de saúde. O vereador pediu ainda um médico para que visite a moradora na Favela Ipiranga.
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