A discussão do projeto de autoria do Poder Executivo rendeu muito assunto na tribuna
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A Câmara Municipal aprovou por unamidade a venda do Estádio Plínio Marin na sessão ordinária de ontem à noite.A discussão do projeto de autoria do Poder Executivo rendeu muito assunto na tribuna.
O vereador Eliezer Casali destacou que foram feitos quatro laudos, com situações de possibilidades de comercialização da área. A primeira será a divisão da área em 33 lotes de aproximadamente 300 m² para construção de residências; a segunda, a construção de um condomínimo vertical, com prédios de apartamentos; a terceira, para uso comercial e a última, seria mista — comercial e residencial, sempre obedecendo os parâmetros da lei. O valor é de R$ 3,340 milhões. "A lei não permite usar o imóvel do jeito que está. Segundo o documento, os recursos obtidos da venda do estádio serão para a construção do complexo na área doada
na Unifev. A comissão de Justiça e Redação analisou o projeto por 15 dias", explicou.
Já o vereador e líder de governo, Silvio Carvalho (membro da comissão de Finanças e Orçamento), afirmou que a escritura não tem nada que impeça a venda do Plínio Marin.
"Votuporanga cresce acima do normal. A gente sabe que existem pessoas que são contras. Temos que ter cidadãos que zelam pelo patrimônio, o estádio foi local de glórias para a cidade. Se estamos vendendo, é porque o prefeito tem compromisso de construir um complexo. Com o trabalho de Marão, do ministro de esporte, do deputado Aldo Rabelo e que em nome do esporte, fazer investimento para que a administração municipal possa erguer uma nova arena em dois anos. Terá jogos até este prazo", ressaltou.
O parlamentar José Carlos Leme de Oliveira ressaltou que o documento foi objeto de debate e que a preocupação foi o custo do imóvel que é alto. "Pedimos uma nova avaliação e chegou ao valor determinado. A mudança do estádio será para a construção de uma nova arena, com pista de atletismo, ginásio de esporte para quatro mil lugares. É uma mudança para melhor, estrutura grande para atender outras modalidades. A história não será apagada na alteração, está perpertuada no Plínio Marin", enfatizou.
Já o vereador Emerson Pereira disse que havia ficado triste com a venda do estádio. "Participando das reuniões desta Casa com os grupos que vieram falar sobre o imóvel, digo que mudei de ideia", frisou. Ele afirmou ainda que o estádio é precário, "praticamente um lixo".
"O estádio Plínio Marin estava abandonado e não tinha futebol. Hoje tem e ainda criticam", emendou Mehde Meidão Slaiman Kanso.
O estádio encontra-se em uma área de ocupação e recuperação controlada, de
aproximadamente 22 mil metros quadrados. O adquirente, conforme consta no projeto, poderá fazer qualquer tipo de uso, desde que não seja o próprio estádio, "pois ali não é lugar para campo de futebol, a cidade cresceu em volta", e também não pode ser indústria pesada, que cause impacto ambiental.
Além dos custos de compra, cujo valor mínimo é R$ 3,340 milhões, o comprador também terá que se responsabilizar pelo pagamento da demoliação e remoção dos entulhos, que podem custar R$ 400 mil, além de fazer aterro em parte do terreno, que está em desnível com a rua da frente (Das Américas).
A finalidade da venda do Plínio Marin é a construção de um novo complexo esportivo municipal. O ministro do Esporte, Orlando Silva, esteve em Votuporanga no final de setembro com o prefeito Nasser Marão Filho e autoridades locais para anunciar o início da primeira etapa das obras do Complexo Esportivo que será construído em uma área de 392 mil metros quadrados junto à Cidade Universitária, na zona norte. A área foi doada pela Unifev à Prefeitura de Votuporanga e a assinatura da escritura foi feita durante a visita do ministro.
O complexo será constituído por ginásio poliesportivo que prevê dispositivos de acessibilidade, com academia e capacidade para quatro mil pessoas; um parque aquático com piscina olímpica e arquibancadas, vestiários, núcleo de fisioterapia, entre outros; um circuito de skate, pista de atletismo, além de um estádio que também contará com dispositivos de acessibilidade, alojamento, vestiários e arquibancadas cobertas com capacidade para 16 mil expectadores (no formato arena). Nesta etapa inicial o investimento será em torno de R$ 5 milhões, sendo R$ 3 milhões do Governo Federal, conquistados por meio do deputado federal Aldo Rebelo, e R$ 2 milhões de contrapartida da Prefeitura. O recurso será destinado para construção do parque aquático e estádio. Marão que os recursos obtidos com a venda serão aplicados em um novo, moderno e amplo complexo esportivo. "Evidentemente, que o dinheiro será apenas uma parte do que será investido no complexo", emendou
Os vereadores aprovaram também por unanimidade o projeto de lei 149/2010, que denomina Parque Ecológico Mario Casali a atual área verde entre as ruas Inglaterra, José Messias da Silva e Valdemar Carvalho de Souza, localizada no bairro Vila Residencial Orlando Nogueira Cardoso. O documento é de autoria Encarnação Manzano.
Também foi aprovada a matéria que nomeia de praça Esther Marinho Arroyo o atual sistema de lazer do bairro Jardim Universitário. O projeto é do vereador José Antonio Pereira dos Santos, o Colinha.