J.L.Pavam
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O Estádio Municipal "Plínio Marin" já tem valor mínimo para ir a leilão: R$ 3,340 milhões. O projeto, em detalhes, foi apresentado ontem à tarde aos vereadores pelo secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Jorge Augusto Seba, em companhia dos outros dois integrantes da comissão formada para fazer a avaliação, os engenheiros Ciro Spadácio, da Caixa Econômica Federal, e Aldo Takao Okoti, da Saev Ambiental.
A reunião foi coordenada pelo presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Carvalho da Silva e contou com a presença dos vereadores, Eliezer Casali, Meidão Kanso, Encarnação Manzano, José Carlos de Oliveira, Sérgio Adriano Pereira, Emerson Pereira e Silvio Carvalho de Souza.
Também esteve presente o secretário municipal de Esporte e Lazer, José Ricardo Rodrigues da Cunha - Mineiro.
Seba explicou que o estádio encontra-se em uma área de ocupação e recuperação controlada, de aproximadamente 22 mil metros quadrados. Ele explicou, detalhamente, as diretrizes para avaliação do imóvel. O adquirente, conforme consta no projeto, poderá fazer qualquer tipo de uso, desde que não seja o próprio estádio, "pois ali não é lugar para campo de futebol, a cidade cresceu em volta", e também não pode ser indústria pesada, que cause impacto ambiental.
Além dos custos de compra, cujo valor mínimo é R$ 3,340 milhões, o comprador também terá que se responsabilizar pelo pagamento da demoliação e remoção dos entulhos, que podem custar R$ 400 mil, além de fazer aterro em parte do terreno, que está em desnível com a rua da frente (Das Américas). Para o secretário Seba, o adquirente acabará desembolsando em torno de R$ 4 milhões.
Mineiro acrescentou que antes de fazer qualquer obra no local, o comprador terá que esperar, no mínimo, dois anos, até que seja construído o estádio no Complexo Esportivo na Cidade Universitária. "A obra deve começar logo e vamos iniciar pelo campo, com arquibancada para pelo menos 6 mil pessoas, depois ampliamos", disse Mineiro. O secretário explicou que é preciso esperar porque nesse tempo o "Plínio Marin" continuará sendo a sede dos jogos do CAV (Clube Atlético Votuporanguense) na Segunda Divisão da Federação Paulista de Futebol.
Opções
Seba apresentou quatro opções estudadas pela comissão, dentro do que prevê o mercado imobiliário. A primeira será a divisão da área em 33 lotes de aproximadamente 300 m² para construção de residências; a segunda, a construção de um condomínimo vertical, com prédios de apartamentos; a terceira, para uso comercial e a última, seria mista — comercial e residencial, sempre obedecendo os parâmetros da lei.
Os lotes, de acordo com Ciro Spadácio, seriam avaliados em torno de R$ 110 mil cada. "O valor está ótimo, dentro dos parâmetros de mercado", disse o engenheiro da Caixa.
Após as explicações dos membros da comissão e questionamentos dos vereadores, Osvaldo Carvalho entregou o projeto para as comissões permanentes, para que analisem e deem seus pareceres. Questionado pelo jornal A Cidade quando será colocado em votação, o presidente da Câmara respondeu que se os pareceres estiverem prontos até segunda-feira, a votação será na próxima sessão, entretanto, o líder do governo, Silvo Carvalho, lembrou que o prefeito Nasser Marão Filho aconselhou que os vereadores analisem o projeto e todas as possibilidades com muita calma, para que depois não haja comentários maldosos e críticas. "Não se trata de um projeto em regime de urgência, portanto, ele pode ser analisado e discutido com muita calma", concluiu Silvão.
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