Da Redação
O resgate dos 33 mineiros estão soterrados desde 5 de agosto, na mina de San José, em Copiapó, norte do Chile deve acontecer na próxima terça-feira, segundo estimativas do governo chileno. A perfuradora T-130 alcançou na manhã de ontem. Após escavar o poço, as equipes de resgate devem passar uma câmera para avaliar a segurança das paredes do túnel.
Se elas forem uniformes e fortes o suficiente, vão preparar o túnel para a passagem da cápsula que trará, um a um, os mineiros isolados.
A grande dúvida no momento é se o túnel será ou não protegido com placas de aço, uma garantia para que as paredes não desmoronem durante o resgate. O processo pode atrasar por no mínimo cinco dias o resgate.
Segundo o ministro de Mineração, Laurence Golborne, as placas de aço suficientes para cobrir todo o túnel pesariam mais de 150 toneladas — o que poderia causar um colapso na instável mina e atrasar muito mais o resgate. "E esta estrutura pode ser colocada em uma posição que bloqueie a passagem da Phoenix [cápsula de resgate]. Não é uma decisão fácil".
Quando o túnel de resgate estiver pronto, uma cápsula de aço, projetada pela Marinha chilena e construída especificamente para este propósito, será utilizada para retirar os trabalhadores da mina. A cápsula tem 54 cm de diâmetro, oxigênio para cerca de três horas e cintos para prender os mineiros e protegê-los, em caso de desmaio.
O plano é que oficiais da Marinha desçam para avaliar a situação e ajudar os mineiros a utilizar a cápsula. O processo de retirada de cada um dos homens presos deve durar uma hora.
Os chilenos — e todo o mundo — foram cativados pelo drama dos mineiros, que passaram 17 dias sem que se soubesse nem ao menos se estavam vivos. O resgate se tornou uma questão de prioridade nacional.
Os mineiros devem ser divididos em três grupos: o primeiro será o dos técnicos mais capazes (e saudáveis). Resolvidos os problemas que eventualmente surjam, devem começar a subir os que mais necessitem de cuidados médicos imediatos. Por fim, irão os demais.
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