Andressa Aoki
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A Norobor (Associação dos Produtores de Borracha do Noroeste Paulista) será lançada oficialmente hoje, com a posse da diretoria e associados. A cerimônia será no auditório da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo, a partir das 19h30.
A entidade possui, atualmente 50 associados de Votuporanga e região, que juntos possuem mais de 100 mil árvores. "Votuporanga possui 145 produtores, com 800 mil pés, mas muitos não estão em produção, uma vez que o procedimento demora oito anos", frisou o chefe da Casa da Agricultura, Ricardo Gomes.
Já a região possui potencial de dois milhões de seringueiras. "Temos o melhor clima para borracha do Brasil. Temos uma alta produtividade. Os benefícios de ter uma associação é a comercialização com preço justo e comprar mais barato os insumos", destacou o vice-presidente e secretário de Desenvolvimento Econômico, Diogo Vicentini.
Vicentini ressaltou que os produtores serão orientados com relação ao plantio correto. "Em Votuporanga, temos a Cati, Colégo Técnico Agrícola, Sindicato Rural/Senar que são para atender os agricultores. Muitos seguem recomendações de pessoas não capacitadas, que não sabem do mercado em expansão da borracha e nem do seu manuseio", enfatizou.
A diretoria é formada pelo presidente Moacir Francisco de Paula Filho; o vice-presidente Diogo Mendes Vicentini; o secretário Adalberto de Freitas Caetano; a segunda secretária Vanda Aparecida Bazzo; o tesoureiro Danilo Alves e o segundo tesoureiro, José de Freitas Menezes. Fazem parte do Conselho Fiscal: José Domiciano da Silva, José Eduardo Chagas Santos, Márcio Andreu Albarello, Marcondes Silva Júnior e Osvaldo Rodolpho.
O Brasil desponta como o país com maior potencial no panorama mundial para atender a demanda crescente, principalmente dos países em desenvolvimento como a Índia e a China, que apresentam ritmos de crescimento acelerado. São José do Rio Preto destaca-se como a principal região, seguida pelos EDRs de General Salgado, Barretos, Votuporanga, Jales e Tupã. A renda bruta na agricultura do Estado de São Paulo em 2008 foi de R$ 38,5 bilhões.
A possibilidade de recomposição da área de reserva legal com o plantio de espécies como a seringueira está prevista na Lei Estadual 12.927, de 2008. A seringueira é uma espécie que pode ser explorada comercialmente desde o momento em que entra em produção até o final do seu ciclo de vida, que pode durar até 50 anos. Por isso, está sendo considerada uma ótima alternativa para conciliar recuperação ambiental e geração de renda.
A estimativa de renda com a exploração de um seringal de um hectare é de R$ 800 mensais, aproximadamente. O corte para a sangria é feito a cada quatro dias. Cada árvore produz 1 quilo de látex por corte. A sangria pode ser feita o ano todo, exceto no mês de julho, quando as árvores perdem as folhas.

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