A obra da duplicação da rodovia Euclides da Cunha não começou por conta do contrato
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A tão sonhada duplicação da rodovia Euclides da Cunha (SP-320) até agora não saiu do papel. Segundo o diretor da Conter — uma das empresas vencedoras da licitação, Carlos Silveira, o governo de São Paulo não assinou contrato com as empreiteiras Constroeste, Conter, Serveng/S.A.Paulista e Bandeirantes, o que impede que as mesmas comecem as obras de duplicação. "O governador Alberto Goldman esteve em Votuporanga, fez um baita discurso, anunciando o início da obra, mas não assinou o contrato com as empresas", garante o diretor, em entrevista ao jornal A Cidade.
O governador Goldman esteve em Votuporanga no dia 16 para a assinatura da ordem de serviço para as obras de duplicação da rodovia. A solenidade reuniu 26 prefeitos de toda a região, o secretário dos Transportes, Mauro Arce e o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Machado Costa.
Segundo ele, a ordem de serviço foi assinada, mas as empreiteiras não podem começar a duplicação da rodovia, sem a assinatura do documento. "Isso causa indignação da população e também das empresas que estavam prontas para iniciar os trabalhos imediatamente, conforme foi anunciado pelo governador", emendou.
Silveira ressaltou que todas as empresas responsáveis pelo oito trechos da obra não possuem seus contratos assinados. "O papel está na mesa do superintendente do DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo), Delson José Amador", frisou.
Questionado se o atraso se deve ao período eleitoral, o diretor acredita que não. "Íamos começar antes das eleições, para dar aquele impacto. A região toda aguarda a duplicação da rodovia Euclides da Cunha. Não se pode mexer na estrada sem o contrato", ressalta.
O diretor da Conter esteve na cidade na quinta à noite, para definir alguns procedimentos. "Já faríamos calçamentos e, inclusive, estávamos alugando terreno, casa, além de contratar pessoal", complementou. Segundo ele, 80 trabalhadores foram contratados. "Esta situação está deixando todas as empreiteiras inseguras. Não conseguimos falar com os responsáveis. Temos o interesse em fazer a obra, mas estou já pensando em cancelar as atividades, porque estou investindo em algo que nem teve início", reforçou.
Obra
A construtora Conter está responsável pelas obras no trecho entre Cosmorama e Votuporanga, num custo de R$ 92,7 milhões; de Votuporanga a Fernandópolis, totalizando R$ 87,2 milhões e entre os municípios de Estrela d'Oeste e Urânia avaliada em R$ 101,6 milhões.
Já entre Urânia e Santa da Ponte Pensa, que representa os lotes 5 e 7 da licitação, a obra será feita pelo consórcio Serveng/S/A Paulista. O último lote (8) - entre Santana da Ponte Pensa a Rubinéia - será feito pelo consórcio Bandeirantes.
Na Euclides da Cunha estão previstas construções de seis dispositivos: Trevo no Distrito de Simonsen localizado entre os quilômetros 510 e 511; Retorno entre Simonsen e o viaduto “Nelson Camargo”, localizado entre os quilômetros 512 e 513; Alça de acesso e passarela para pedestres em frente à Cidade Universitária da Unifev – Centro Universitário de Votuporanga, localizados entre os quilômetros 518 e 519; Travessia ligando a avenida Wilson de Souza Foz à avenida CESP, na Zona Norte da cidade, localizada entre os quilômetros 520 e 521 e prolongamento da marginal Nasser Marão; Trevo no cruzamento com a rodovia Péricles Belini, localizado entre os quilômetros 521 e 522; e retorno próximo ao Pampa Ville, localizado entre os quilômetros 524 e 525.
Para a rodovia Péricles Belini estão previstos mais três dispositivos: Travessia que liga a avenida das Nações ao 2º Distrito Industrial, localizada no quilômetro 126; Trevo que liga o bairro Chácara das Paineiras (Rua Vitório Albarello) à estrada vicinal “Nelson Bolotário”, conhecida como “Subida da Morte“ (sentido Valentin Gentil), localizado no quilômetro 125; e trevo que liga a avenida Onofre de Paula ao Residencial Noroeste, localizado no quilômetro 124. O lote referente às obras no trecho do município de Votuporanga é o segundo de maior percurso e o que conta com maior número de dispositivos. A obra toda está orçada em R$ 770 milhões provenientes do governo estadual.
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